O caso Ángel Aguayo no Santos

Foto: Raul Baretta / Santos FC

Ángel Aguayo estava treinando no Santos

Parece que o trabalho nos bastidores no Santos FC segue com falhas. Depois de surpreender ao aparecer no treino dos profissionais, o volante paraguaio Ángel Anguayo, de apenas 18 anos, não deve ficar no Peixe. O clube desistiu de adquirir o jogador junto ao Sol de América, pelo valor de US$ 350 mil.

O volante Ángel Aguayo fez parte da Seleção Paraguaia que esteve no Sul-Americano Sub-20, realizado na Venezuela, onde a Alvirroja ficou na quarta colocação, garantindo seu lugar na Copa do Mundo da categoria.

Nos últimos dias, o Santos surpreendeu anunciando a contratação do jogador junto ao Sol de América. A princípio, havia dúvidas se Aguayo iria para o elenco profissional, porque teria sido indicado pela Comissão Técnica de Pedro Caixinha, ou iria fazer parte do Sub-20 do clube.

Algumas questões iam sendo desvendadas, principalmente quando Ángel Aguayo participou dos treinamentos dos profissionais na última semana, o que indicava a aprovação de Pedro Caixinha. Porém, na última sexta-feira, dia 28 de fevereiro, no último dia da janela de transferência internacional, o Santos surpreendeu ao não confirmar a compra do atleta por US$ 350 mil dólares.

Raúl González, presidente de Sol de América, do Paraguai, criticou a postura do Santos na negociação. “Me estranha muito um clube atuar dessa forma. Já aprendi nesse campo. Me falaram para ficar de olho no Santos, mas a gente sempre confia e acredita que é um clube sério”, afirmou o dirigente, em entrevista ao programa La Grand Jugada, da Rádio Nanduti.

De acordo com González, o Santos havia chegado a um acordo para contratar o volante, que disputou o Sul-Americano Sub-20 pela Seleção do Paraguai, por US$ 350 mil. O dirigente deu detalhes da negociação e das mudanças sugeridas pelo Peixe na sexta-feira, último dia da janela de transferência internacional. Ele, no entanto, comtece um equívoco e cita Pedro Martins, CEO do Santos, como parte da empresa Elenko Sports.

“Recebemos uma proposta do Santos através da empresa Elenko Sports para transferir o jogador por US$ 350 por 90%. O Sol de América faz uma contraproposta do mesmo valor para 80% e foi acertado. Até que às duas e meia da tarde de sexta-feira me chamam por telefone e dizem que querem mudar os termos do contrato e pagar em julho. Eu disse que isso eu não aceitava. No final da tarde, me enviam outra mensagem dizendo que queriam pagar US$ 50 mil agora e depois US$ 300 mil em julho. Eu falo de manter os termos do contrato. Depois disso, o Sr Pedro Martins, da empresa Elenko Sports, me envia uma mensagem dizendo que o problema era o Santos, não a empresa”, afirmou o dirigente.

O Santos alega que a negociação não foi concluída porque o departamento jurídico não aprovou os termos do contrato e a parceria com a Elenko, que o jogador não seria contratado para a fase final do Paulista e que se houvesse um acerto nas cláusulas do contrato, a negociação pode ser retomada. Marcelo Teixeira confirmou essas informações em entrevista.

Erro? - Na mídia social levantaram que o motivo não foi esse e sim um erro que, se confirmar, seria o terceiro na história do Santos: acabou vindo o Aguayo errado.

Segundo o que foi levantado, o jogador correto seria Gabriel Aguayo, de 20 anos, atacante do Cerro Porteño do Paraguai, que também esteve no Sul-Americano Sub-20. Mesmo com nenhuma confirmação de que houve erro na contratação, você sabia que esta não seria a primeira vez que o Peixe teria contratado um jogador errado? E se eu te falar que aconteceu mais de uma vez...


Em 1996, o Peixe, na gestão de Samir Abdul Hack, contratou o centroavante paraguaio Edgar Baez. Porém, quem o Peixe realmente queria era Richart Baez, que era presença constante na Seleção Paraguaia. O Baez contratado ficou até 1997 no Alvinegro, fazendo 28 jogos e marcando sete gols.

Dez anos depois, outra confusão. Na gestão de Marcelo Teixeira, que atualmente dirige o clube, o Santos apresentou o atacante mexicano Antonio De Nigris, que faleceu em 2009,. Porém, Vanderlei Luxemburgo, treinador da época, tinha pedido Aldo De Nigris, irmão do contratado, que fez apenas dois jogos e marcou um gol com a camisa do Peixe na temporada 2006.

E aí: será que aconteceu o terceiro engano mesmo? Nos casos anteriores, os jogadores eram da mesma posição, o que não é o caso atual. 
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