Por Fabio Rocha
Foto: arquivo
Paolo Rossi ganhando a jogada de Júnior
No dia 5 de julho de 1982, o Brasil era eliminado pela Itália nas quartas de finais da Copa do Mundo, e esse jogo ficou conhecido nacionalmente como a “Tragédia do Sarriá”. O jogo foi considerado um dos maiores da história da competição e acabou com a vitória dos italianos por 3 a 2.
A Seleção Brasileira chegou no seu melhor momentos depois do tricampeonato em 1970, e todos tinha uma grande expectativa na equipe, porque vinham atuando muito bem e encantavam dentro de campo. O alto desempenho gerou muitas expectativas, o que aumentou mais ainda a frustação brasileira.
As quartas de finais da Copa do Mundo de 1982 foi disputada de uma maneira diferente. Foram formados quatro grupos com três equipes em casa e apenas o primeiro colocado passava para a semifinal.
O Brasil caiu no Grupo 3, junto com Itália e a Argentina, que tinha uma grande promessa, o Maradona. Porém, o hermanos não conseguiram um grande desempenho e perderam para a Itália por 2 a 1 e para o Brasil por 3 a 1, sendo eliminada.
A decisão do grupo ficou entre Brasil e Itália, que viviam muitos muito distintos em seus elencos. A seleção brasileira era formada por muitos craques e o principal naquele momento era Zico, que junto com seus companheiros estavam atuando muito bem.
Já a Itália, que até fez uma boa Copa do Mundo em 1978, chegou para a de 1982 muito pressionando e com uma crise forte entre torcida, jornalista e elenco. Havia muitos questionamentos desde a convocação até as escalações.
O Brasil chegou com muito favoritismo para conseguir a classificação, porém, Zico estava com algumas dores e corria o risco de ficar de fora da partida decisiva. O meia fez exames no dia anterior do jogo e foi liberado para atuar, o que deixava a seleção muito mais forte para o confronto.
Telê Santana, técnico da seleção brasileira, esperava que a Itália entrasse para se defender e preparou sua estratégia para esse estilo de jogo. O Brasil, como tinha saldo de gols melhor que a Itália, precisava apenas de um empate para chegar as semifinais.
Tudo deixava o Brasil muito favorito a classificação, mas para isso precisava confirmar dentro de campo. A partida aconteceu no dia 5 de julho de 1982, no Estádio de Sarriá, em Barcelona, para mais de 44 mil pessoas.
O jogo começou muito agitado, principalmente por parte do time italiano, que assustou com menos de 2 minutos de jogo. Aos 5, a equipe conseguiu abrir o placar com Rossi, que cabeceou livre dentro da área e colocou os italianos em vantagem.
Com o gol logo no início, o Brasil teve que sair mais e precisava apenas de um gol para voltar a ter a classificação na mão. Aos 12 minutos, Sócrates tabelou com Zico, e chutou forte, no ângulo, para marcar um golaço e empatar a partida.
Aos 25 minutos, Cerezo errou um passe na saída de bola, Rossi antecipou e chutou forte para marcar o segundo para a Itália. Novamente o Brasil estava sendo eliminado da Copa do Mundo e voltou a pressionar e tentar o gol de empate, mas não conseguiu chegar ao gol no primeiro tempo.
Na segunda etapa, o Brasil voltou pressionando e tentando o gol a todo custo, mas não conseguia finalizar com qualidade. Aos 23 minutos, Júnior tocou para Falcão, na entrada da área, o meio-campista ajeitou o corpo e soltou um canhão para empatar o jogo.
Mas a comemoração não durou muito tempo, porque aos 29 minutos, em uma cobrança de escanteio, Rossi marcou mais uma vez para a Itália, dando número finais a partida. Com a derrota por 3 a 2, a seleção brasileira foi duramente criticada por jornalistas e torcedores, que acharam uma tragédia a eliminação, e o jogo ficou conhecido como a ‘Tragédia de Sarriá’.
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