Há 58 anos, Pelé e Garrincha jogavam seu último jogo juntos pela Seleção

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Pelé e Garrincha atuando pelo Brasil

O futebol em tempos recentes virou território dos trios. Em anos recentes, entraram para a história tríades como MSN (Messi, Neymar e Suaréz) e BBC (Bale, Benzema, Cristiano Ronaldo). Por muito tempo, porém, o futebol foi espaço de históricas duplas, de ataque e defesa que marcaram a história do esporte, que também ainda existem nos dias atuais, mas são minoria no esporte bretão atual. Porém, uma das duplas causou durante muito tempo calafrios em quem enfrentou a Seleção Brasileira. Há 58 anos, no dia 12 de julho de 1966, Pelé e Garrincha fizeram seu último jogo juntos.

O duo do Rei com o Mané foi um verdadeiro trem imparável em suas partidas pela seleção. Juntos, Garrincha e Pelé jamais perderam com a amarelinha e foram os principais nomes de um dos períodos mais célebres do futebol brasileiro no mundo. Desde seu primeiro jogo, em 18 de maio de 1958, contra a Bulgária, até a tarde do dia 12 de julho em Goodison Park, foram 40 jogos, 35 vitórias e apenas cinco empates na conta dos dois pela amarelinha.

Naquele dia, em Goodison Park, na cidade de Liverpool, o duelo valia pela estreia da Copa do Mundo de 1966. Bicampeão, o Brasil era um dos favoritos e duelava contra a Bulgária, curiosamente o mesmo adversário de seu primeiro jogo pelo time. No primeiro tempo, mesmo sem ser exatamente brilhante, o Brasil abriu o placar com um belíssimo gol de falta do Rei do Futebol, Pelé, aos 15 minutos da primeira etapa.


No segundo tempo, foi a vez de Garrincha marcar o seu, curiosamente também num belo gol de falta, aos 18 minutos do segundo tempo, fechando o placar e garantindo a vitória brasileira em Liverpool, triunfo que seria o único na decepcionante campanha mundialista de 1966. Nos outros dois jogos do mundial, a violência dos adversário seria responsável pelo fato de que os dois não entrariam em campo, com o Brasil perdendo os dois jogos e indo embora na primeira fase.

O Brasil voltaria a ser campeão do mundo em 1970, com o conhecidíssimo esquadrão que não tinha mais Pelé e Garrincha, mas tinha um quinteto que até hoje é lembrado como poesia pelo imaginário futeboleiro (Pelé, Tostão, Jairzinho Gérson e Rivelino). Garrincha, por sua vez, se despediu na derrota por 3 a 1 para a Hungria, ainda na Copa do Mundo de 1966.
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