Há 10 anos, Brasil dava seu maior vexame na história do futebol

Foto: arquivo

Comemoração do primeiro dos sete gols alemães naquele jogo

No sábado, dia 6, o Brasil foi eliminado da Copa América perdendo nos pênaltis para o Uruguai, nos Estados Unidos, mesmo tendo ficado alguns minutos com um jogador a mais em campo, já que a Celeste teve um atleta expulso. Esta só foi mais uma de uma série de derrotas que a Canarinho vem sofrendo em anos de queda. E a pior delas está completando exatamente 10 anos neste 8 de julho de 2024: a vexatória derrota por 7 a 1 para a Alemanha, em pleno Mineirão, na semifinal da Copa do Mundo de 2014.

Aquele jogo, mesmo antes de começar, tinha seus contornos dramáticos. Neymar havia saído machucado, e Thiago Silva tomou o terceiro amarelo nas quartas de final contra a Colômbia. A ausência do camisa 10 era uma enorme preocupação, já a do zagueiro era levada em tons mais suaves, visto que na reserva tínhamos Dante, que "conhecia os alemães", segundo os especialistas da bola na época.

O árbitro trilha o apito, a bola rola e o jogo começa. A euforia da multidão forma uma atmosfera única. Por alguns minutos, a Alemanha respeita o Brasil, que acredita que pode vencer. Aos 10 minutos de partida, esse cenário se inverte completamente. Escanteio para os alemães, Toni Kroos cobra no miolo da área, a bola passa pela linha formada na primeira trave e sobra limpa para Thomas Muller, que abre o placar.

Depois do gol, o Brasil ainda crê na qualidade dos seus jogadores e na vitória. Doce ilusão que, a partir dos 20 minutos, se transformou no maior dos pesadelos. Klose ampliou o placar aos 23, no rebote de Julio Cesar. Em dois erros de saída de bola, Kroos faz o terceiro e o quarto da Alemanha, no minuto 24 e 26. Três minutos depois, Khedira marca o quinto gol.

Faltando 60 minutos para o apito final, a Alemanha vencia o Brasil por 5 a 0. Torcedores choravam nas arquibancadas, outros xingavam. Os alemães davam risada, incrédulos. Nem mesmo eles acreditavam no que estavam vendo. Na volta do intervalo, a Alemanha jogando já em ritmo de treino ainda faz mais dois gols, com Schurrle. O gol de honra brasileiro veio pelos pés de Oscar, no finalzinho da partida.

A partida, além do duro golpe aplicado no "país do futebol", evidenciou recados que o campo já estava querendo nos dar a muito tempo. O Brasil estava ficando para trás. O futebol havia mudado, passou por transformações profundas nas formas de se jogar. O inepto Felipão, da família Scolari de 2002, já não existia mais, estava ultrapassado. O treinador paizão já não bastava mais.


Nestes 10 anos teve a volta de Dunga, que não deu certo, Tite, que teve alguns brilhos, como o título da Copa América de 2019 e não ter pedido jogo em Eliminatórias, mas a derrota na final para a Argentina no Maracanã vazio, por conta da pandemia de Covid-19, na final continental de 2021 e as eliminações nas Copas do Mundo de 2018, para a Bélgica, e 2022, para a Croácia, deixarem seu trabalho em cheque.

Depois da saída de Tite, foram três treinadores. Ramon Menezes era interino e sabia que não ficaria. A CBF dizia que tinha um acordo com Carlo Ancelotti e deixou Fernando Diniz até ele chegar. O ex-técnico do Fluminense não deu certo e o italiano resolveu ficar no Real Madrid (se é que tinha acerto). Agora, Dorival Júnior coleciona uma série de empates e não agrada. Então, fica a pergunta: quando será que a Seleção vai voltar a convencer?
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