Em 1998, Brasil eliminava a Holanda da Copa do Mundo nos pênaltis e um Zagallo emocionado

Com informações da FIFA
Foto: arquivo

Jogadores brasileiros comemoram com Tafarell, o heroi da classificação

Você está a alguns minutos de uma disputa de pênaltis, valendo vaga na final de uma Copa do Mundo da FIFA. Você já passou por isso antes, mas a grandeza da situação é incontornável, e aí milhões de torcedores estão de olho em você, para ver como se comporta. E aí as emoções se encontram.

De um jeito, temos Zagallo, o Velho Lobo, extremamente agitado, com veias saltando no pescoço e no punho depois de 120 minutos de elevada tensão. "É como em 1994! Vamos confiar", exclamava, sem parar, em direção a qualquer jogador que surgisse à frente.

Do outro, temos Taffarel, um goleiro tentando se manter centrado, frio, para bloquear os talentosos atacantes holandeses mais uma vez, assim como havia feito quatro anos contra os italianos na decisão que valeu ao Brasil o tetra.

No final, deu na mesma: bastou que o arqueiro brasileiro saltasse de modo preciso para o canto direito, para interceptar o chute de Ronald de Boer, para que ele entrasse na mesma sintonia do experiente treinador, descarregando suas emoções nas belas imagens que mostramos no vídeo acima.

"Espero não ter de passar por isso de novo", afirmou Taffarel, então com 32 anos, na saída do gramado. E aí, com humildade extrema, o goleiro ainda disse: “Não sou especialista em pênaltis. Nos treinos, sou o que pega menos.”

Dias depois, já sabemos o que aconteceria: a Seleção sofreria um chocante revês, perdendo por 3 a 0 para a anfitriã França na grande decisão, num duro golpe.

Por isso, aquele Brasil x Holanda não deixa de despertar um gosto agridoce para a Seleção.Ainda assim, é um jogo que ganhou espaço relevante no imaginário do torcedor brasileiro, por toda a sua carga dramática.

E, afinal, se a Seleção teve de aceitar o título dos Bleus em questão de dias, quatro anos mais tarde a equipe canarinha celebraria um até hoje inigualável pentacampeonato. Foi um período praticamente hegemônico para o futebol brasileiro, com três finais de Copa consecutivas e dois títulos. Algo que dificilmente vai ser equipara do. Nesse contexto, a semi contra os holandeses é devidamente relativizada.


Foi um jogaço, com várias chances de gol de ambos os lados.

"Os holandeses movimentam bem a bola. Não podíamos deixar espaços como contra os dinamarqueses, caso contrário seríamos envolvidos facilmente. Apesar de ter sido melhor no primeiro tempo, a seleção holandesa não soube traduzir em gols a sua superioridade”, analisou Zagallo, já com a cabeça mais fria, em sua coletiva. "Na segunda etapa, depois que Denílson entrou, nós poderíamos ter decidido, mas o destino quis que não marcássemos."

“Então, nos pênaltis, fui aos jogadores e puxei pelo moral. 'Vamos recordar 94', eu falava. Os holandeses são naturalmente frios. Para nós, o calor humano é que é importante."
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