Arthur Elias diz que Seleção Brasileira Feminina vai sempre buscar a vitória

Com informações da CBF
Foto: CBF / Staff Images

Arthur Elias é treinador da Seleção Brasileira Feminina

Muito ponderado e sempre convicto no trabalho, orientando as atletas muitas vezes didaticamente, Arthur tem um estilo próprio e agregador. Durante a permanência da equipe na Granja Comary, em Teresópolis, para a primeira etapa dos treinos visando às Olimpíadas de Paris, o técnico comandou várias atividades em campo e também reuniões técnicas com o elenco e seus auxiliares. Obteve uma boa resposta.

Ainda faltam 10 dias para a estreia do Brasil nos Jogos, contra a Nigéria, dia 25, e até lá o treinador pretende aprimorar detalhes e fazer ajustes. Sua tarefa é deixar a Seleção apta a fazer uma ótima Olimpíada. Inicialmente, a prioridade é garantir a vaga entre as duas primeiras seleções do Grupo C – que tem também Japão e Espanha.

“Estou muito satisfeito com a preparação. Percebo o grupo com foco, mais isso é só um componente dentro do nosso ambiente de entendimento mais profundo do que precisa ser feito, em termos de modelo de jogo, para que a gente consiga ser mais consistente em todas as ações. Estamos trabalhando em cima de propostas de jogo, de planos de jogo que apontam para os nossos diferentes adversários.”

Para o técnico, é nítido o envolvimento e integração de todas as convocadas, o que reforça o conceito de grupo na Seleção Brasileira.

“O comprometimento é grande e a gente tem visto um grupo cada vez mais forte numa unidade de pensamento e de convivência, o que é certamente um fator importante para uma equipe passar de fase numa competição tão difícil e vencer no mata-mata também.”

Este é o ponto central de boa parte dos treinos na Granja Comary e das observações feitas por Arthur Elias. Ganhar no mata-mata é uma missão que não foi cumprida pela Seleção nas últimas três Olimpíadas (2012, 2016 e 2021). Nessas três oportunidades, a equipe se classificou bem na fase de grupos e não fez nenhum gol nos jogos de mata-mata que permitiriam sonhar com o lugar mais alto do pódio. Por isso, a ênfase dele nas instruções às atacantes.

“Historicamente, temos esse retrospecto muito ruim quando a Seleção avança para o mata-mata. Então os últimos resultados são coerentes com isso, com as eliminações precoces. Nós temos um modelo de jogo, uma ideia, e estamos transmitindo isso, de vê-las mais encorajadas, mais agressivas, mesmo que, de forma controlada, passemos por alguns riscos. É preciso ir passo a passo e saber jogar criando chances de gols, com confiança e espírito de jogo para a bola entrar.”

Para Arthur, que convocou 22 atletas para as Olimpíadas, quatro delas suplentes, o planejamento que inclui a preparação em Teresópolis, suas escolhas e a resposta das atletas permitem afirmar que a Seleção será bastante competitiva.


“O torcedor vai ver com certeza uma Seleção com presença no jogo, com concentração, uma Seleção que vai tentar atacar e ser agressiva, que vai jogar confiante, que vai jogar tentando tirar o melhor de cada atleta, pois elas possuem características diferentes, uma equipe organizada dentro de campo. Isso eu garanto que a gente vai conseguir ver, independentemente do nível de confrontos que vamos ter, que é muito alto, mas com certeza a Seleção Brasileira vai ter essa identidade.”

O futebol feminino nas Olimpíadas está dividido em três grupos. No A estão França, Colômbia, Canadá e Nova Zelândia. No B, Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Zâmbia. O Brasil no Grupo C tem a companhia de Nigéria, Japão e Espanha. Classificam-se para o mata-mata as duas melhores seleções de cada chave e mais as duas melhores terceiras colocadas.
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