Kuki – Um dos maiores ídolos da história do Náutico

Por Fabio Rocha

Foto: arquivo

Kuki foi ídolo do Náutico

Sílvio Luiz Borba da Silva, mais conhecido como Kuki, é um dos maiores ídolos da história do Náutico. A sua chegada gerou polemicas, mas o atacante conseguiu surpreender a todos com o grande futebol e conquistou títulos importantes. 

O jogador nasceu em Crateús, no Ceará, no dia 30 de abril de 1971, e começou atuando na base do Encantado, e foi pelo clube que estreou profissionalmente em 1993. 

Porém, logo na sequencia foi para atuar no sul do país, onde ficou praticamente cinco temporadas rodando por diversos clubes, mas ainda sem ter muito destaque. 

Em 2001, o presidente do Náutico, André Campos, foi atrás da revelação da segunda divisão do Campeonato Catarinense. O clube estava atolado em dívidas, mas estava tentando reforçar o seu elenco para poder voltar a brigar por títulos. 

O presidente estava esperando um atacante jovem, porém chegou Kuki, com 29 anos e 1,69 m de altura. André se sentiu enganado, mas acabou seguindo com o atleta, que já chegou com uma forte pressão por conta do ocorrido, mas conseguiu lidar da melhor maneira. 

Rapidamente o atacante mostrou muita qualidade e ganhou a posição de titular, fazendo um grande Campeonato Pernambucano. Era o ano centenário do clube, e a torcida queria uma conquista para coroar o momento, e Kuki foi o responsável por esse momento. 

O atacante foi fundamente na conquista do Campeonato Pernambucano, sendo o destaque da competição. Com as grandes atuações, Kuki caiu nas graças do torcedor, e começou a virar ídolo para muitos, mesmo com tão pouco tempo de casa. 

Na sequência da temporada a equipe se manteve muito bem, e terminou a Série B do Campeonato Brasileiro em 3ª lugar, com Kuki sendo destaque. Em 2002, as grandes atuações continuaram e novamente o atacante foi decisivo para mais uma conquista. O Náutico conquistou o bicampeonato pernambucano, um efeito que não acontecia há 17 anos. Além disso, a equipe conquistou a Copa Pernambuco. Em dezembro do mesmo ano, Kuki recebeu uma proposta do futebol coreano, e acabou se transferindo para o Jeonbuk Hyundai Motors.

Ficou pouquíssimo tempo no país, e no começo do ano de 2003 retornou ao Náutico. Em sua volta continuou apresentando um grande futebol, mas não conseguiu conquistar o campeonato estadual.

No mesmo ano, o jogador passou por um momento muito difícil, pois no dia 10 de abril, após uma derrota para o Atlético Mineiro, Kuki deixou o clube dirigindo um Volkswagen Golf prata, acompanhado de sua noiva Vanessa Soares da Silva, o primo Cláudio Henrique Soares da Silva e sua sogra, e vinha em sua preferência pela Rua Conde de Irajá, no bairro da Torre. Ao cruzar pela rua Real da Torre, chocou-se lateralmente com um Chevrolet Corsa, que vinha em alta velocidade e capotou, matando duas pessoas e deixando outros dois feridos.

O jogador ficou muito abalado após o acontecido e o clube acabou dando férias de 15 dias para Kuki. Depois disso, o atacante não manteve o mesmo desempenho, acabou caindo um pouco de rendimento. 

Porém, em 2004 foi novamente muito bem, sendo destaque de mais duas conquistas pelo clube, o Campeonato Pernambucano e a Copa Pernambuco. Esses foram os seus últimos títulos pelo clube, pois depois acabou vivendo uma fase irregular. 

Kuki ficou na equipe até 2009, mas em 2007 acabou sendo emprestado para o Santa Cruz, mas foi uma passagem e logo retornou. Depois de quase 9 anos no clube, o jogador decidiu se aposentar, como um dos grandes ídolos e o terceiro maior artilheiro da história do Náutico, ao todo foram 389 jogos e 184 gols.

Quando encerrou sua carreira virou auxiliar técnico do Náutico, em 2010, e no ano seguinte assumiu o time interinamente. No final de 2001 deixou a comissão técnica do clube.