Com informações do ge.globo
Foto: Flavio Hopp / @flaviohopp / Agência Briosa
Jogadores se manifestaram publicamente
Os jogadores da Portuguesa Santista se manifestaram, nesta quinta-feira, sobre o atraso salarial que afeta o grupo. De acordo com o elenco, os atletas estão entre dois e três meses sem receber e passando por dificuldades financeiras.
Uma nota oficial foi publicada nos perfis dos atletas nas redes sociais. Nela, o elenco pede ajuda para quem puder solucionar o problema e revelam estarem desgastados com a situação.
"Queremos por meio desta nota, pedir a ajuda de alguém que possa resolver nosso problema salarial, pois estamos nos sentindo desgastados, boletos atrasados como as contas de água e luz que correm o risco de serem cortadas, e ainda passando a humilhação de ser cobrados por falta de pagamento de aluguel, com situação precária dentro de casa na parte de alimentação", diz um trecho da nota.
Os atletas da Briosa também falaram sobre a pressão natural que o grupo sofre para a conquistas de resultados, mesmo sem estarem recebendo os salários. Os jogadores também falaram que, apesar de todos os problemas, seguem mantendo o profissionalismo para defender a camisa da Portuguesa Santista em campo.
"Agora imagina você trabalhador, lutar todos os dias de forma exaustiva e ser cobrado! E por muitas vezes xingado por não estar em um "dia bom" em meio a todo esse caos. Chegar em casa e ter que administrar toda a pressão psicológica porque você tem uma familia e não sabe de onde tirar 1 real (chega ser vergonhoso passar por isso). Você se levantaria depois de 60 dias sem receber e daria o teu melhor pela empresa que você trabalha ? A resposta para nós é sim. Levantamos todos os dias e damos o nosso melhor nos treinos, nos jogos, nas recuperações de lesões, simplesmente por sermos profissionais e lutarmos por algo melhor".
A Portuguesa Santista volta a entrar em campo neste domingo, pelas quartas de final da série A2 do Campeonato Paulista. O time enfrenta o XV de Piracicaba, às 11h10, no estádio Ulrico Mursa, em Santos. Os jogadores se comprometeram com a meta de conquistar o acesso à elite do futebol paulista, mas reiteraram o pedido de ajuda.
"Enfim, chegamos a uma semana decisiva que podemos levar o clube ao patamar mais alto do futebol paulista. Queremos que saibam que vamos dar o nosso melhor para alcançar essa conquista, para entrar na história desse clube com torcedores tão apaixonados! Esperamos que todos se mobilizem para essa parte ser resolvida".
A tão esperada temporada dos sonhos da Portuguesa Santista, que deveria ser de dinheiro no cofre e prestígio no cenário nacional, virou o ano de pesadelo no estádio Ulrico Mursa. O clube, que voltou a disputar a Copa do Brasil após 20 anos, deve salários a jogadores, comissão técnica e funcionários.
O presidente Sérgio Schlicht explicou que a cota de participação na primeira fase da Copa do Brasil (R$ 787,5 mil) está bloqueada na Justiça devido a um processo movido pelo ex-presidente, Lupércio Conde.
O ex-mandatário fez alguns aportes em dinheiro em 2016. De acordo com a atual gestão, Conde havia dito que não cobraria a Portuguesa Santista, mas isso não ocorreu e ele acabou ganhando a ação na Justiça em 2018. A sentença deferida ao ex-presidente está no valor de pouco mais de R$ 2 milhões.
Já o ex-presidente Lupercio Conde falou sobre o processo no qual ele alega que tem direito. O ex-mandatário rubro-verde revelou ter recebido um pedido de ajuda da comissão técnica do clube, mas um episódio dentro do estádio Ulrico Mursa acabou dificultando uma aproximação com a atual diretoria.
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