77 anos de Tostão

Com informações da CBF
Foto: Arquivo / Fifa

Tostão em jogo da Copa do Mundo de 1970

Eduardo Gonçalves de Andrade, o Tostão, comemora 77 anos nesta quinta-feira. Nascido em 25 de janeiro de 1947, o ex-atacante fez história com a Seleção Brasileira ao conquistar o tricampeonato da Copa do Mundo em 1970, no México, junto ao treinador Zagallo e a craques como Carlos Alberto Torres, Clodoaldo e Gérson, Jairzinho, Rivellino e Pelé.

Aos 13 anos, Tostão deu seus primeiros passos no futebol de salão do Cruzeiro. Seu progresso o levou para o futebol de campo do clube e, dois anos mais tarde, para o América Mineiro, clube do coração de seu pai, Oswaldo. Ao notar o destaque do jovem Eduardo no rival mineiro, o presidente do Cruzeiro o recomprou em 1963, o início da história de um dos principais ídolos do time.

De imediato, Tostão gerou impacto no time e conquistou o Campeonato Mineiro de 65. Ao todo, foram cinco títulos estaduais: 1965, 1966, 1967, 1968 e 1969. A história com a Raposa durou até 1972, mas mantém uma ligação eterna. É o maior artilheiro da história do clube, com 245 gols em 383 partidas.

Desde que surgiu, Tostão demonstrava uma inteligência tática incomum e sua capacidade de movimentação e compreensão do jogo foram fundamentais em sua primeira convocação para a Seleção Brasileira e logo para a Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra. Apesar do mal desempenho do Brasil no Mundial, o jovem atacante chegou a marcar contra a Hungria.

Após a competição, Tostão retornou ao Cruzeiro, onde era acompanhado de um elenco repleto de grandes nomes, como Raul, Piazza e Dirceu Lopes, e atingiu feito improvável para a época: superar o Santos de Pelé com a conquista cruzeirense da Taça Brasil de 1966, o Campeonato Brasileiro da época.

Nos dois jogos da final, Tostão balançou as redes, e o Cruzeiro mostrou sua força e impediu o sexto título brasileiro consecutivo do Santos. A equipe mineira goleou o Santos no Mineirão por 6 a 2, com gols de Dirceu Lopes (3), Zé Carlos (contra), Natal e Tostão. A partida é considerada pelo aniversariante uma das maiores da sua carreira. Na Vila Belmiro, a Raposa reverteu o 2 a 0 do primeiro tempo e saiu vitoriosa pelo placar de 3 a 2, com os tentos de Tostão, Dirceu e Natal. O título foi o primeiro do Cruzeiro a nível nacional.

O destaque na Raposa continuou nas temporadas seguintes, e Tostão se estabeleceu como um dos pilares da Seleção Brasileira. Em 1969, ele teve sua presença na Copa ameaçada após sofrer um chute no olho esquerdo que provocou um deslocamento da retina. Tratado pelo médico Roberto Abdalla Moura, o atacante conseguiu estar apto à disputa do Mundial no México.


Na Copa do Mundo, Tostão foi titular em todas as partidas, marcou dois gols e fez parte de um dos maiores esquadrões da história do futebol mundial.

O ano de 1971 foi o último do jogador no Cruzeiro. O Vasco foi seu destino até 1973, quando, ao viajar para Houston (EUA) a fim de se consultar com Roberto Abdalla, o médico identificou mais um problema em sua retina. Seguir no futebol poderia deixá-lo cego, e Tostão foi obrigado a encerrar a carreira aos 26 anos de idade.

Uma vez aposentado, Tostão, cuja inteligência não se restringiu aos gramados, se formou em Medicina e atuou por décadas em hospitais e como professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Autor de vários livros, ele é um dos colunistas da Folha de S.Paulo.
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