15 anos sem Friaça

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Friaça faleceu no dia 12 de janeiro de 2009

Nesta sexta-feira, dia 12 de janeiro de 2023, se completam 15 anos da morte do ex-atacante Albino Friaça Cardoso, que enquanto jogador, fez história vestindo a camisa do Vasco da Gama entre as décadas de 40 e 50. Além de estar presente em conquistas marcantes do Cruzmaltino ao longo de sua carreira, o avançado também chegou a defender as cores da Seleção Brasileira.

Desde o início de sua trajetória no futebol, Friaça foi um centroavante que tinha velocidade, pontaria e potência nas finalizações, além de também ser versátil e cumprir qualquer função na linha ofensiva. Por conta de tudo isso, acabou se tornando um dos maiores artilheiros do Vascão, clube onde colecionou três em um período de onze anos, fez mais de cem gols e em quase duzentas partidas disputadas pela equipe de São Januário.

A primeira vez que o jovem Friaça deixou o Rio de Janeiro foi na década de 30, quando rumou à Carangola (MG), para estudas. Foi defendendo o Ipiranga num amistoso do Município diante do Vasco em 43, que ele chamou a atenção do Gigante da Colina e no fim acabou sendo contratado pelo treinador Ondino Vieira. 

Nas suas primeiras temporadas, Friaça jogou mais pelo Expressinho, apelido dado ao time misto do Vasco, que jogava amistosos por todo o território nacional, além de disputar e conquistar campeonatos como o Torneio Relâmpago e Torneio Municipal. Até porque, em 47, o atacante ganhou a titularidade no 'Expresso da Vitória', revezando com Dimas, que também era jovem e considerado muito promissor, já que também vinha se destacando. Assim, foi um dos grandes destaques na conquistas do Torneio Municipal de 46 e 47, do Torneio Relâmpago de 46, do Campeonato Carioca de 47 e do Campeonato Sul-Americano de Clubes de 48 - os dois últimos como invicto.

Em 49, Friaça se transferiu para o São Paulo. Logo que chegou, foi campeão paulista e artilheiro do campeonato. Depois de jogar na Ponte Preta em 50, voltou ao Vasco no ano seguinte e foi mais uma vez campeão carioca. Sua terceira e última passagem pelo Vascão ocorreu após um breve período emprestado ao Guarani.

Autor do único gol do Brasil no fatídico Maracanaço no Mundial 50, Friaça explorou sua velocidade e força nos chutes. Depois de se aposentar, o ex-atacante ainda foi dono de uma loja de materiais de construção, mas quem administrava eram seus filhos. 


Mesmo se mostrando uma pessoa de constante bom humor, ficou completamente debilitado por conta da morte de um de seus filhos, que acabou se envolvendo num acidente de asa delta durante a metade dos Anos 90. 

Após esse trágico momento, não se privou de fumar cigarro e consumir bebidas, itens que acabaram comprometendo o seu quadro de saúde. Enfim, no dia 12 de janeiro de 2009, Friaça acabou tendo uma falência multipla dos órgãos no Hospital São José do Avaí, em Itaperuna (RJ), onde e veio a falecer após uma internação que durou 45 dias.
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