Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo
Rubens Francisco Minelli, ex-ponta esquerda, treinador e comentarista conhecido popularmente como Rubens Minelli, estaria completando 95 anos de idade nesta terça-feira, dia 19 de dezembro de 2023, se estivesse vivo. No decorrer de sua vida no meio esportivo, ele teve uma curta carreira como jogador e depois trabalhou na função de treinador e comentarista em rádio.
Sua caminhada no futebol começou quando jogava na função de ponta-esquerda e passou por dois clubes paulistas: o Ypiranga e o Nacional, . Defendendo o São Bento num jogo amistoso diante do União Mogi, em 1956, sofreu um fratura na perna esquerda que o forçou a abandonar a trajetória de jogador quando tinha apenas 27 anos de idade. A única conquista de Minelli como jogador ocorreu em 1954, quando venceu a Segundona Paulista pelo Taubaté.
Posteriormente, começou sua carreira como treinador comandando os times da Faculdade de Ciências da USP e da Seleção da Federação Universitária Paulista de Esportes, conhecida também como FUPE. Através de Canhotinho, comandado por Rubens no time da faculdade, chegou a treinar as categorias de base do Palmeiras de 58 a 63. Logo depois, se tornou técnico do time profissional do América de São José do Rio Preto.
Em seu debute como profissional, realizado no dia 31 de março de 63, conquistou uma vitória magra por 1 a 0 sobre a equipe do XV de Jaú. No Mecão, conquistou a Série A2 naquele mesmo ano e em 1964 foi campeão do interior.
Em 66, foi para o Botafogo de Ribeirão Preto, onde permaneceu por quatro meses. Com o Pantera, Minelli fez uma excursão pela América Central, e sofreu somente uma derrota em 17 partidas disputadas. No fim daquele mesmo ano, voltou ao América para ocupar o posto deixado pelo argentino Filpo Núñez.
Treinando o Sport, se sagrou vice-campeão pernambucano de 67 e foi campeão do Torneio Início. Retornou ao futebol paulista para comandar a Francana, que viria a ser vice-campeã estadual da segunda divisão em 68. Após estar a frente do Guarani, Rubens retornou ao Palmeiras, desta vez para treinar o time principal, sucedendo novamente Filpo Núñez. No Verdão, excursionou à Europa em 69 e venceu o Troféu Ramón de Carranza, na Espanha. No mesmo ano, ainda conduziu o Alviverde à conquista do Campeonato Brasileiro.
Após comandar vários clubes brasileiros, trabalhou também no Al-Hilal e na Seleção da Arábia Saudita. Seu auge foi na década de 70, quando montou o histórico time do Internacional com craques como Falcão, Figueroa e Carpegiani. No Colorado, Minelli se sagrou tricampeão brasileiro, em 1975 e 1976 pelo Clube do Povo e em 1977 no São Paulo.
Além disso, venceu também quatro títulos gaúchos sendo 1974, 1975 e 1976 pelo Inter, 1985 pelo Grêmio), quatro Campeonatos Paranaenses (1994, 1995, 1996 e 1997 pelo Paraná Clube), um Campeonato Saudita e uma Copa do Rei no comando do Al-Hilal, em 80.
Na sequência de sua trajetória ainda treinou clubes como Corinthians, Santos, Portuguesa, América-SP, Guarani, Ponte Preta, Rio Branco de Americana, Ferroviária de Araraquara, Atlético Mineiro e também o Coritiba.
Ficou marcado por ter sido o primeiro treinador da história do Paraná Clube, que em seu ano de fundação, jogou a terceira divisão nacional em 90, e se classificou para a Série B de 91.
Logo depois de colocar um ponto final na sua trajetória como técnico, Minelli passou a ser dirigente e trabalhou em clubes como São Paulo, Atlético Paranaense, Paraná e Avaí. Cumpriu também a função de superintende no Furacão em 98 e no Avaí em 2003. Alguns anos depois, passou a comentar futebol na Rádio Jovem Pan.
No dia 23 de novembro de 2023, quando tinha 94 anos, Rubens teve uma grave infecção e veio a falecer em São Paulo.
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