A história de Fabrizio Ravanelli na Juventus

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Ravanelli na Juve

Considerada por muitos como o maior clube da Itália, a Juventus já foi protagonista em todas as décadas da Série A de times impressionantes e a coisa não está sendo diferente nessa temporada, onde tudo indica uma briga boa com a Inter pelo Scudetto. Nos anos 1990, o time de Turim viveu um dos maiores períodos de sua história, constantemente montando times fortíssimos e inclusive conquistando a Europa. Um dos maiores nomes dessa década vestindo bianconero foi o atacante Fabrizio Ravanelli, que completa 55 anos neste dia 11 de dezembro.

Ravanelli foi rastreado pela Juve após ótima temporada jogando pela Reggina, onde foi o principal jogador da modesta equipe. Pretendido por diversas equipes maiores do futebol da Bota, ele chegou a Juve no início da temporada 1992/1993, num período onde o time bianconero tinha em suas linhas diversos jogadores de primeira prateleira. Era uma oportunidade de ouro para o jovem Ravanelli. 

No começo, sob a batuta do histórico Trapattoni, Ravanelli sofreu muito. Sofria pesada concorrência de nomes como Vialli e Baggio na parte ofensiva de um time que possuía um elenco assustadoramente bom. Reserva na maior parte dos jogos naquele primeiro biênio, só foi marcar o primeiro gol diante do Anorthosis, em sua sétima partida pela Juventus, em um jogo válido pela Copa da UEFA, atual Liga Europa. Foram nove gols em sua primeira temporada pelo clube.

Passa a se destacar mais a partir da temporada 1993/1994. Atua muito mais vezes como titular ao longo daquele biênio, onde além de fazer mais gols, vira peça chave em jogadas ofensivas, seja fazendo pivô ou combinando com Del Piero ou Baggio. Apesar do desempenho melhor, aquele biênio passa em branco pela Juventus, que não obtém nenhum troféu na temporada. 

Seu auge com a camisa bianconera chega na temporada 1994/1995. Em forma infernal, o Pena Bianca, apelido que ganhou devido aos cabelos precocemente grisalhos, simplesmente estraçalha defesas por toda a Série A. Vira o principal artilheiro do time na temporada, com gols importantes em todas as competições, mas principalmente decisivos na Copa Itália, onde marca na final e na Copa da UEFA, onde é peça chave para levar a Juve a decisão, onde ela acaba derrotada. Termina o biênio com 30 gols e o doblete de Série A e Copa Itália.


Sua última temporada pelo clube vem em 1995/1996. Apesar de não ter uma temporada prolificamente artilheira como a anterior, sendo inclusive atrapalhado por lesões, Ravanelli foi peça chave para a campanha que bota a Juventus na final da Liga dos Campeões e acaba por marcar o gol dos bianconeros na final, que termina vencida pelos italianos nos pênaltis após o empate por 1 a 1 no tempo normal. Fecha aquele ano com 18 gols. 

Ao final daquela temporada, acaba negociado com o Middlesbrough por 7 milhões de Libras, um valor altíssimo a época, numa Premier League que engatinhava para virar o campeonato multibilionário que é hoje. No total, em quatro anos de Juve, marcou 69 gols em 159 jogos, sendo considerado um dos ídolos da história bianconera. 
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