Por conta do fim da Data Fifa, Chile improvisará goleira na final do futebol feminino do Pan

Com informações de Demetrio Vecchioli / UOL Esporte
Foto: divulgação

Yenny Andrea Acuña, jogadora do Bahia e da Seleção Chilena, deve jogar improvisada como goleira

O Chile vai buscar a medalha de ouro no futebol feminino do Pan sem uma goleira. As duas jogadoras convocadas para disputar a competição foram obrigadas a voltar aos seus clubes, já que a data Fifa não contempla a data da decisão contra o México, amanhã (2), em Valparaíso.

O caso vem gerando intenso debate no Chile, que até aqui ganhou oito medalhas de ouro no Pan e corre sério risco de fechar a competição em casa com uma campanha pior do que em Lima-2019, quando ganhou 13. E o futebol feminino era uma grande chance de uma conquista nos esportes coletivos. Com uma atacante no gol, será bem difícil.

O Chile veio ao Pan com duas goleiras no elenco: a histórica Christiane Endler, eleita a melhor do mundo na temporada passada, e Antonia Canales. As duas jogam na Europa: a primeira, no Lyon, da França, e a segunda no Valencia, da Espanha.

Na França, o Lyon pega o Paris FC, em duelo de dois times com 100% de aproveitamento no Francês, que pode ser determinante pelo título. O clube, por isso, não liberou Endler, que aproveitou para se aposentar a seleção chilena, aos 32 anos, causando surpresa. Já o Valencia pega o Huelva, lanterna do Espanhol, e não quis abrir mão de Canales, que precisou viajar na terça.

O fim da data Fifa já era sabido, mas o Chile foi adiando as discussões sobre como resolver o problema, a ponto de Endler, na sua despedida, desejar boa sorte a Canales, que também não ia ficar. Só quando as duas foram embora o time passou a treinar uma jogadora improvisada.

A tendência é que a escalada seja Yenny Acuña, atacante que há um mês conquistou o título do Campeonato Baiano pelo Bahia — na ocasião, como atacante. Como o Bahia não joga mais nesta temporada, ela não precisou retornar ao Brasil.

O calendário do Pan bate com o de competições interclubes do mundo todo, em diversas modalidades coletivas. No vôlei e no basquete, nem se discutiu a liberação de jogadores brasileiros na Europa, por exemplo. No handebol feminino, em que o torneio é Pré-Olímpico, a federação internacional até exigiu a liberação de clubes europeus, mas nem todos concordaram.


Na seleção brasileira, a goleira Babi, do Krim Mercator (Eslovênia), não foi liberada. No time masculino não houve o mesmo problema porque o Pan caiu exatamente na "data IHF". Mas os times estão no Pan sem terem feito nenhum treino prévio.

O Brasil não joga o futebol feminino por um critério peculiar de classificação pela Copa América. Campeã e vice do torneio (Brasil e Colômbia) se classificaram às Olimpíadas, mas não ganharam o direito de estar no Pan. As vagas aqui foram distribuídas para os times que terminaram em terceiro, quarto e quinto lugares. Daí as presenças de Argentina, Paraguai e Venezuela, além do Chile, dono da casa. Os EUA vieram com uma equipe juvenil.
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