Com informações do Terra
Foto: arquivo
Brasileiros comemoram o título em Indianápolis
Neste sábado, dia 4, o Brasil decide a medalha de ouro do futebol masculino dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023 contra os donos-da-casa chilenos. A última vez que a Canarinho conquistou este título foi em 1987, em Indianápolis, nos Estados Unidos, contra o mesmo Chile na decisão.
Em 1987, o Brasil reunia-se para a disputa do Pan-Americano de Indianápolis, nos Estados Unidos. Porém, com severos desfalques. Carlo Alberto Silva, inicialmente, se baseara no elenco que havia disputado o Pré-Olímpico em abril daquele ano para fazer a convocação.
No entanto, jogadores como Jorginho, Romário, Bebeto e Mirandinha não foram liberados por Vasco, Flamengo e Palmeiras, respectivamente. Entre lesões e atletas vetados pelos clubes, o Brasil teve apenas 11 jogadores no primeiro treino realizado nos EUA, incluindo Raí e Douglas (do Cruzeiro), que também apresentavam problemas físicos.
O time precisou de muita garra lá em Indianápolis. O Vasco não liberou jogadores, o Flamengo também boicotou. Teria só 11 jogadores, e ainda com algumas complicações. O treinador Carlos Albertoteve de chamar mais gente. Foi aí que vieram o Careca, do Cruzeiro, que jogou muito, o Washington (Fluminense), Ademir (Cruzeiro) e André Cruz (Ponte Preta).
Mesmo com os desfalques, a Seleção que seguiu para o território estadunidense contava com ótimos nomes: Além de Taffarel e Ricardo Rocha, que mais tarde seriam campeões da Copa do Mundo de 1994, estava Valdo, convocado para o Mundial do ano anterior e que depois esteve na Copa de 1990.
Outros nomes com "bagagem" de decisões eram Evair e João Paulo, que ao lado de Ricardo Rocha, chegaram à final do Campeonato Brasileiro de 1986, com o Guarani. Enquanto sobrava qualidade, faltava em quantidade. O número reduzido de jogadores proporcionou uma situação para lá de inusitada, lembrada com carinho pelo elenco brasileiro.
No dia 10 de agosto de 1987, a Seleção Brasileira estreou no Pan-Americano de Indianápolis com uma goleada por 4 a 1 sobre o Canadá, considerado o time mais frágil da competição. Em seguida, venceu por 3 a 1 a equipe de Cuba, que era fisicamente muito bem dotada, mas, como ainda é hoje, não carregava tradição no futebol.
O primeiro grande desafio, no último jogo da primeira fase, seria contra o Chile, que um mês antes tinha sido o algoz da equipe canarinho na Copa América. Com o Brasil já classificado, Carlos Alberto Silva poupou alguns jogadores e o duelo acabou sem gols. As equipes viriam a se enfrentar novamente na final da competição, mas antes, o time brasileiro teve pela frente uma verdadeira batalha nas semifinais, contra o México.
A seleção mexicana, com um time semelhante ao que havia disputado em casa a Copa do Mundo de 1986, era a favorita à conquista em Indianápolis. O duelo entre 'La Tri' e o Brasil, as duas equipes mais técnicas do torneio, porém, foi marcado pela rispidez. Ainda no primeiro tempo, Ademir e España foram expulsos. A violência continuou no intervalo, quando os jogadores encontraram-se no túnel dos vestiários e trocaram fortes agressões. A Seleção Brasileira venceu prorrogação por 1 a 0, com gol de Evair após cruzamento de Valdo, e voltou a encontrar os chilenos na decisão.
A decisão - Cerca de dois meses antes do dia 21 de agosto de 1987, quando Brasil e Chile decidiram o futebol masculino do Pan de Indianápolis, os mesmos países entraram em campo pela Copa América. Também comandada por Carlos Alberto Silva, e com nomes que se repetiam em relação ao time que estavam nos EUA - como Geraldão, Valdo, Edu Maragon, Douglas, Raí, Nelsinho e Ricardo Rocha - o escrete canarinho foi goleado por 4 a 0 pelos chilenos e eliminado na primeira fase da Copa América.
Os dois jogos ainda foram marcados por outra coincidência. Assim como a derrota acachapante em julho de 1987, em Córdoba, na Argentina, a final do Pan teve a expulsão de Nelsinho, lateral-esquerdo do São Paulo. Um filme passava na cabeça da equipe brasileira. No fim das contas, o Brasil bateu a seleção chilena por 2 a 0, com gols de Washington e Evair, ambos na prorrogação.
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