Wim Jonk e sua trajetória pela Internazionale

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Wim Jonk teve uma bonita passagem pela Internazionale

Wilhelmus Maria Jonk, ex-volante holandês conhecido mundialmente apenas como Wim Jonk, celebra o seu 57º ano de vida nesta quinta-feira, dia 12 de outubro de 2023. Ao longo de sua carreira, o atleta neerlandês teve uma passagem pela Internazionale de Milão no começo da década de 90 e foi muito importante para o clube italiano em uma conquista internacional.

Este novo desafio para o meio campista começou no fim de agosto de 93, num jogo da 1ª rodada da Serie A, diante do Reggiana. Na marca dos 14 minutos, foi ele quem abriu a vitória nerazzurri por 2 a 1, com um balaço no ângulo e, posteriormente serviu Salvatore Schillaci com uma belíssima assistência para sacramentar a vitória. Entretanto, Osvaldo Bagnoli, treinador da Inter na época, demonstrou muitas dificuldades de fazer seus comandadas renderem desde o período de pré-temporada.

Um dos problemas era que Jonk e Antonio Manicone tinham características muito similares e ambos se atrapalhavam em campo. Por conta disso, o treinador teve de ir em busca de soluções, mas nenhuma agradava. Uma delas, foi fazer um rodízio ou posicionar o holandês para exercer uma função que o fazia render menos. Spijker não gostava de atuar perto do centroavantes, já que preferia reger o meio de campo.

Os meses subsequentes acabaram sendo ruins, tanto para a Inter quanto para Jonk. Isso porque, o holandês sofreu uma grave lesão que o fez perder todos os jogos da Internazionale em dezembro de 1993 e algumas outras partidas em janeiro do ano seguinte. O meio campista neerlandês retornou bem aos gramados e ajudou a equipe de Milão nas vitórias contra a Foggia e Cremonese marcando três gols, sendo que dois aconteceram diante da Cremo. 

No começo de fevereira, Bagnoli foi demitido e Wim evoluiu bastante sendo comandado por Gianpiero Marini, ex-volante que havia feito muito sucesso na Beneamata. Seguindo as orientações do tricampeão mundial com a Seleção Italiana, Jonk se tornou um ídolo para os nerazzurri, assim como Dino Baggio era para a Juventus e Demetrio Albertini era para o arquirrival Milan.

Em contrapartida, a Inter acabou tendo problemas para se encontrar na Serie A, e isso fez com que a equipe terminasse a temporada na 13ª colocação apenas um ponto acima da zona de rebaixamento, além de também ter feito a pior campanha da sua história na era dos pontos corridos. Por outro lado, via-se na Copa da Uefa, uma luz no fim de um túnel, mesmo com a pressão que o time sofria por conta da má campanha no Italiano. Liderada por por Wim e Bergkamp, a Inter foi avançando na competição continental mesmo não demonstrando que poderia de fato bater de frente com Juventus e Borussia Dortmund, que eram os grandes favoritos ao título.

Foi na fase de quartas de final, depois de despachar Rapid Bucareste, Apollon Limassol e Norwich, que os Nerazzurri tiveram o desafio de enfrentar o fortíssimo clube auri-negro. Mesmo com o excelente adversário, Spijker descomplicou o jogo demonstrando demasiada frieza e muita capacidade de surpreender os alemães. Demonstrando o seu poder de decisão, marcou dois jogos na partida de ida. realizada na Alemanha, e ajudou os italianos a levarem uma belíssima vantagem de 3 a 1. Na volta, a Inter perdeu, mas conseguiu se classificar.

Na fase seguinte, Jonk também fez balançou as redes diante do Cagliari, e marcou um golaço de cavadinha no jogo de volta contra o Casino Salzburg. Com as duas vitórias sobre os austríacos pelo placar mínimo, a Biscione se tornou a segunda equipe italiana a conquistar a taça da Copa Uefa. Nesta mesma época, a dupla holandesa se firmou de vez: Bergkamp terminou como o maior artilheiro da competição, com oito gols marcados, enquanto Wim, fez cinco. Ao longo de toda a temporada, o volante neerlandês fechou a temporada com 11 tentos anotados.

Valorizado pelos bons números que colecionava na Inter em 94, Jonk foi convocado para defender a Holanda na Copa do Mundo, sendo considerado titular inquestionável. E isso se concretizou: participou dos 90 minutos de todos os cinco jogos da Laranja Mecânica e foi um dos melhores jogadores holandeses no mundial. Na estreia, Wim fez um golaço contra a Arábia Saudita e marcou um outro arrematando de fora da área e contando também com um frango de Pat Bonner, goleiro da Irlanda. Entretanto, nas quartas de final contra o Brasil, cometeu a falta que originou o golaço de falta de Branco e eliminou a Holanda da Copa.


Spijker retornou dos Estados Unidos à Itália e presenciou o início de mais uma reformulação na Inter. A primeira grande mudança havia sido no comando técnico, que agora pertencia a Ottavio Bianchi. O treinador fez um time com uma proposta mais reativa e orientou que Jonk aparecesse menos no campo de ataque, até porque Nicola Berti, que sofreu uma grave contusão que o fez perder quase toda a temporada 1993/94, já havia recuperado a sua melhor forma. Fazendo uma função diferente da qual já estava habituado, o neerlandês seguiu como titular e anotou dois tentos, nos triunfos contra o Torino e no Derby della Madonnina diante do Milan.

Foi então, que no verão de 95, a Inter deu sequência ao seu processo de renovação e Jonk, junto com seu compatriota holandês Bergkamp, acabaram sendo vendidos. Nesta sua saída, Wim deixou o clube nerazzurri após 67 jogos e 13 gols marcados pela Beneamata, segundo o site calciopedia.com.
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