Foto: Arquivo
Coutinho marca na Bombonera
O Santos vive maus bocados nos tempos atuais, mas tem lembranças incríveis neste dia 11 de setembro. Com a geração de Pelé, Pepe, Coutinho e cia, há 60 anos, em uma noite intimidadora na La Bombonera, o maior time da história do Alvinegro Praiano (e talvez da história do futebol) não se intimidou e bateu o Boca Júniors dentro de sua casa para conquistar o seu segundo título da Libertadores seguido, numa das poucas vezes onde um brasileiro vitimou os Xeneizes lá dentro.
O Santos entrou naquela Libertadores diretamente na semifinal pelo fato de ser o atual campeão da competição, diferente do Boca que jogou a competição desde o início. O Alvinegro havia batido o Botafogo na semifinal simplesmente fazendo 4 a 0 dentro do Maracanã depois de um 1 a 1 que deixou o time botafoguense de Garrincha empolgado em São Paulo. O Boca passou primeiro por um grupo com Olímpia e Universidad de Chile antes de eliminar o Peñarol nas semifinais.
Naquele dia, na Bombonera, o time azul e amarelo jogava empolgado. Na ida, no Maracanã, o time Xeneizie havia saído perdendo por 3 a 0 em questão de poucos minutos e buscou com Sanfilippo um placar de 3 a 2 que era, pelo menos na teoria, tranquilo para se reverter dentro da Bombonera. O palco estava armado para festa de uma torcida que já naqueles idos fazia do acanhado estádio um verdadeiro inferno para qualquer adversário.
E o Boca, diante de uma pressão insana da torcida, foi para cima, mas o primeiro tempo foi travado e teve pouca criatividade de ambos os lados. Os dois times sabiam jogar, mas o Boca também sabia parar o Peixe na base das faltas. No início do segundo tempo, Sanfilippo aproveitou uma bola sobrada na área e explodiu o estádio abrindo o placar para o Boca.
Só que o Peixe precisou de apenas dois minutos para jogar um silenciador na Bombonera. O time argentino errou feio na saída de bola e rapidamente ela chegou em Pelé, que recebeu e achou Coutinho livre, leve e solto para empatar a partida. A partir daí, o time alvinegro foi ligeiramente melhor em campo e já no finalzinho, aos 37 minutos da etapa final, Pelé recebeu, deu um lindo corte em dois defensores adversários e tocou no cantinho de Errea, marcando o segundo, fechando o placar e o título santista.
Ao final do jogo, se confirmou o título do Peixe, silenciando um estádio abarrotado e deixando o Boca sem o título desejado da Copa Libertadores. Aquele seria o último título continental da geração de Pelé, já que o Peixe seria eliminado nas semis em 1964 e depois optaria por fazer turnês pelo mundo, que na época davam mais dinheiro que a Libertadores. Boca e Santos possuem hoje um histórico relativamente grande de confrontos, com o time argentino devolvendo a dolorosa derrota em 2003, mas sendo eliminado pelo Peixe em 2020 e com uma vitória para cada lado nos grupos no ano seguinte.
0 comentários:
Postar um comentário