Como o Brighton virou figura carimbada da Premier League

Por Lucas Paes
Foto: Getty Images

O Brighton faz um excelente início de temporada

A Premier League é uma competição implacável com quem comete erros. Times que vem da segunda divisão costumam sofrer e bater e voltar no campeonato mais badalado do mundo, ou então até segurar alguns anos e cair no primeiro erro que cometem. Uma equipe de histórico modesto no futebol inglês está contrariando todos os prognósticos possíveis de quando chegou a Premier League e não só vem permanecendo, como melhora ano após ano e ainda se tornou um dos melhores vendedores de jogadores do planeta: o brilhante Brighton Hove Albion

Recentemente, o nome do time da pequena cidade litorânea próxima a Sussex ficou muito conhecido devido a negociação astronômica do volante Caicedo, disputado aos 100 milhões de euros por Liverpool e Chelsea no finalzinho da janela de transferência, mas esta não é a única venda incrível feita pelo time azul e branco, que também negociou recentemente o argentino McAllister com os Reds, além de diversos outros nomes recentes negociados com times grandes como Trossard e o goleiro Sanchez. 

O trabalho feito no Brighton é um dos maiores exemplos de como um time pequeno pode superar suas enormes limitações e se intrometer na briga dos times fortes de um campeonato insano como o inglês. As mudanças passam desde a diretoria, de um time que se salvou de sumir do profissionalismo em 1997 e aos poucos se recuperou financeiramente, principalmente depois da chegada de Tony Bloom em 2009 e aos poucos foi cimentando sua caminhada para chegar e ficar na maior liga do planeta. 

Dentro das quatro linhas, os "Seagulls" possuem sob o comando do italiano De Zerbi um sistema de jogo focando em ser ofensivo e marcar gols. O Brighton não se intimida com nenhum adversário de nenhum garbo e tenta atacar seja jogando contra o Manchester City ou contra o Luton Town. O carismático italiano, herdeiro do ótimo legado de Graham Potter, que foi incinerado na máquina de destruição do Chelsea, potencializa os vários jovens e bons valores que o time possuí, como o insano Fergunson, que em breve aparecerá num dos gigantes do big six. 

O recrutamento do Brighton está lado a lado com o Benfica e o Porto na capacidade de encontrar e lapidar talentos brutos absurdos. A máquina do time inglês ainda funciona junto ao Union St. Gilloise, que bateu na trave do título belga na temporada passada e serve como um estágio para muitos talentos que o Brighton compra. No time atual, se destacam nomes como Enciso, Andigra, Estupiñan, Fergunson e Mitoma, que são as engrenagens de um time que faz um grande começo de temporada e de novo deve ficar no top 10 da Premier League.


Antes desses, o Brighton achou nomes como McAllister, trazido direto do Argentinos Juniors e vendido ao Liverpool, Trossard, encontrado no Genk e vendido ao Arsenal recentemente, Bissouma, que veio do Lille e foi negociado com o Tottenham, Cucurella, achado no Getafe e vendido ao Chelsea e, é claro, o maior símbolo dessas negociações, o já citado Moisés Caicedo, que foi encontrado diretamente no Independiente Del Valle, na América do Sul, assim como o paraguaio Enciso, que é um dos destaques do time atual.

Assim caminha a equipe de Tony Bloom para mais um ano de brigas na faixa das competições europeias e mais um ano onde seus prospectos chamarão atenção de times grandes de dentro e fora da Inglaterra. Um dos melhores trabalhos já feitos no futebol europeu de mudança de patamar de um clube, que em breve quem saiba busque uma taça para concretizar esse sucesso. 
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