Com informações do Guarani
Foto: arquivo
Foto: arquivo
O Bugre campeão brasileiro de 1978
O dia 13 de agosto está eternizado na história do Guarani Futebol Clube e, neste domingo, a data é celebrada pelos 45 anos da conquista do título brasileiro pelo Bugre. A façanha foi alcançada com a vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, em decisão disputada no Estádio Brinco de Ouro.
Comandado pelo até então desconhecido Carlos Alberto Silva, o Guarani encantou o País com um futebol competitivo e envolvente, com peças formadas nas categorias de base e outros atletas que chegaram para fortalecer um time que não sai da memória do torcedor bugrino.
Em 1978, o Campeonato Brasileiro foi disputado por 74 clubes e dividido em várias fases. O Guarani estreou com derrota para o Vasco, mas a recuperação foi imediata e o time alcançou a classificação para a etapa seguinte com direito à vitória no Dérbi com dois gols de Careca e goleadas sobre Confiança (5 a 0) e Itabuna (7 a 0).
Na segunda fase, mais uma vez a vaga foi garantida, ainda que a equipe fosse vista com desconfiança por muitos. Desconfiança e ironia como aconteceu em Porto Alegre antes da partida contra o Internacional. Mas o ‘ataque de circo’ chamado pela imprensa gaúcha deitou e rolou no Beira-Rio com uma inesquecível vitória por 3 a 0.
Depois daquele jogo, ainda houve um empate com o Goiás. A partir de então, ninguém mais foi capaz de segurar o Guarani. Até o fim do campeonato, o Alviverde embalou 11 vitórias consecutivas, que somadas ao triunfo no primeiro jogo do torneio de 1979, fazem com que o clube tenha a maior sequência de resultados positivos da história do Brasileirão.
A fase mata-mata, aliás, mostrou porque o Bugre foi o campeão incontestável. Nas quartas de final, vitória segura sobre o Sport em Recife por 2 a 0 e um show em Campinas com goleada por 4 a 0. Na semifinal, foi a vez de derrubar o Vasco. Mais um 2 a 0 no Brinco – com direito a sétima partida seguida sem sofrer gols – e, diante do Maracanã lotado por mais de 100 mil pessoas, Zenon foi o maestro da vitória por 2 a 1 que colocou o time na final.
A decisão colocou o Guarani frente a frente com o Palmeiras. Pela melhor campanha, o jogo final seria em Campinas, ainda que houvesse quem tentasse levar os dois duelos para a capital paulista. Em 10 de agosto, dezenas de milhares de torcedores bugrinos coloriram de verde e branco a Rodovia Anhanguera e marcaram presença no Morumbi. Em campo, o time correspondeu à altura. Com a malandragem de Careca ao sofrer pênalti de Leão e a categoria de Zenon na cobrança, o time venceu pelo placar mínimo e colocou a mão na taça.
Três dias depois, veio a consagração. Campinas se pintou de verde e, diante de um público de 28.287 pessoas, o Guarani alcançou a sua maior glória. No gol aos 36 minutos do primeiro tempo que nasceu de uma reposição de Neneca, o desvio de Renato, a finalização de Bozó e, no rebote, a conclusão certeira de Careca no cantinho direito do gol de entrada do Brinco de Ouro para explodir a massa bugrina e colocar a estrela dourada na camisa.
0 comentários:
Postar um comentário