Os 40 anos da primeira Libertadores do Grêmio

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Hugo de León levantando a Taça

O Grêmio é uma das forças brasileiras mais reconhecidas dentro da América do Sul quando o assunto são competições internacionais e principalmente Libertadores. Temido, o time porto alegrense é um dos quatro brasileiros que possuem três títulos dentro da maior competição de clubes da América do Sul. Toda essa tradição começou há 40 anos, no dia 28 de julho de 1983, quando o Imortal conquistou sua primeira "Copa".

Na época, o Grêmio, que havia recentemente sido campeão do Campeonato Brasileiro em 1981, conquistou a classificação para o maior torneio de clubes do continente devido ao vice-campeonato do Brasileirão de 1982, que foi conquistado pelo Flamengo. Numa época de formatação diferente dos grupos, o Tricolor estava com Flamengo, Blooming e Bolivar na chave 2.

A equipe estreou empatando com o Flamengo no Olímpico. Depois, o Tricolor bateu tanto Blooming quanto Bolivar fora de casa e contou com outras duas vitórias sobre os bolivianos em Porto Alegre para chegar a última rodada classificado. Ainda assim, venceu o Flamengo com alguma tranquilidade no Maracanã por 3 a 1, diante dum estádio as moscas com a eliminação flamenguista.

Depois, nos grupos das semifinais, tarefas mais duras para os gremistas. Contra Estudiantes e América de Cali, O Tricolor venceu os dois em casa, com uma derrota intercalada para o time colombiano no meio dos dois compromissos. O empate por 3 a 3 diante do Estudiantes no último jogo, somado ao empate dos argentinos com o América pouco depois, acabou por classificar o Imortal a final da competição, diante do Peñarol. 

Na decisão, no Centenário, mesmo o jogo violento e a experiência uruguaia não afetaram o ótimo time gremista. Tita abriu o placar após escanteio de Tarcísio aos 12 minutos. Morena até deixou tudo igual, mas o Grêmio segurou bem o empate e inclusive teve chances de vencer em Montevidéu. Saiu, porém, com um empate. Assim, o time foi precisando vencer na volta.

Na volta, diante de um Olímpico completamente abarrotado, o Grêmio pulou na frente logo cedo, com Caio, aproveitando cruzamento de Tita e tocando para o gol vazio, com nove minutos de jogo. A partir daí, o Tricolor pressionou, mas desperdiçou várias chances. Na metade final do segundo tempo, em meio a pressão, Ramos cobrou falta e Morena, de novo, marcou de cabeça o gol de empate. Sete minutos depois, Renato teve uma bola na lateral, levantou ela e cruzou na cabeça de César, que botou para a rede e explodiu o Olímpico de novo. Apesar da pressão Manya no final, o placar terminou em 2 a 1.


No meio da festa do título, ficou famosa a foto de De León sangrando, o que não ocorreu durante a partida, mas sim já após o jogo, quando o uruguaio se feriu sozinho com a taça. Aquele seria o primeiro dos três títulos do Grêmio na competição, com o segundo vindo doze anos depois e o terceiro já em 2017. Comandante em 1983, Valdir Espinoza também seria essencial na conquista de 2017, como homem forte dentro do futebol do clube. A conquista também consagrou Renato Portaluppi, até hoje o maior jogador da história gremista.
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