Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2023: o que esperar do torneio

Da redação

Foto: Divulgação/FIFA

Embora possa parecer que a Copa do Mundo de 2022 mal acabou, a FIFA já está partindo para outro torneio significativo em seu calendário. A Argentina ainda pode estar comemorando o troféu conquistado no Catar - e essa comemoração pode continuar por um tempo - mas o futebol feminino é a estrela da vez em 2023.

A competição acontece de 20 de julho a 20 de agosto. No dia 20 de julho, as co-anfitriãs Austrália e Nova Zelândia farão suas partidas de estreia contra a Irlanda em Sydney e a Noruega em Auckland, respectivamente.

Dez estádios receberão os jogos, que acontecerão em nove cidades, sendo cinco na Austrália e quatro na Nova Zelândia. Sydney fará um trabalho duplo; o pequeno Sydney Football Stadium receberá partidas da fase de grupos antes de ser trocado em favor do consideravelmente maior Stadium Australia.

Segundo as odds de futebol da Midnite, os Estados Unidos são os grandes favoritos à conquista do título na Austrália e Nova Zelândia. A seleção norte-americana é a atual campeã do torneio e chega para a disputa da Copa do Mundo como a atual líder do ranking de seleções da FIFA.

Controvérsias nos bastidores

Foto: Valeriano di Domenico

Em uma disputa crescente sobre o preço dos direitos de transmissão, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, ameaçou cortar a televisão dos jogos do torneio na maior parte da Europa. Em um discurso na Organização Mundial do Comércio, Infantino aumentou substancialmente a tensão ao afirmar que a FIFA não permitiria que os jogos fossem transmitidos na Europa se as emissoras não aumentassem as propostas. Infantino havia dito no ano passado que as propostas originais para esses direitos eram muito baixas.

“Não é certo subestimar ou desvalorizar a Copa do Mundo Feminina, porque é uma propriedade importante e tem valor”, disse Infantino. “Quem quiser adquirir, com base nos números de audiência que consegue, bem, deve pagar o valor que a competição vale.”

Além disso, as jogadoras canadenses e sua federação estão em conflito aberto, e o chefe da organização acaba de renunciar como resultado da controvérsia. As jogadoras da seleção se comprometeram a continuar sua luta por melhor tratamento e salário por meio de atividades futuras e manifestações públicas depois de uma greve curta no mês passado, antes de uma partida contra os Estados Unidos.

Por fim, há um acordo de patrocínio que a FIFA supostamente fechou - mas curiosamente não anunciou - para tornar a autoridade de turismo da Arábia Saudita um patrocinador chave da Copa do Mundo Feminina, segundo o New York Times. Sendo um dos países que ainda adota a Xaria e é criticado abertamente por conta dos direitos das mulheres, a entrada da Arábia Saudita como um dos principais apoiadores do torneio causou bastante desconforto nos bastidores do torneio.

As seleções participantes e as grandes favoritas

A maioria dos favoritos e das grandes seleções do futebol mundial avançou facilmente na rodada original de qualificação, criando uma lista de participantes que inclui nomes do futebol que os torcedores devem reconhecer e alguns que podem surpreender:

Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Colômbia, Costa Rica, Dinamarca, Inglaterra, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Jamaica, Japão, Marrocos, Holanda, Nova Zelândia, Nigéria, Noruega, Filipinas, África do Sul, Sul Coréia, Espanha, Suécia, Suíça, Estados Unidos, Vietnã, Zâmbia.

Os Estados Unidos, tetracampeões do torneio e atuais bicampeões consecutivos, e o Canadá, atual medalhista de ouro olímpico, encabeçam o contingente norte-americano, mas dividirão os holofotes (ou talvez até o renunciem) diante de algumas das potências europeias.

Embora a Inglaterra seja a atual campeã europeia, há vários adversários merecedores, prontos para assumir o posto de melhor time do continente. Alemanha, França, Espanha, Holanda e Suécia podem todos apresentar argumentos convincentes sobre por que podem prevalecer no torneio.

O Brasil chega como campeão sul-americano. Japão, China e Coreia do Sul têm longas histórias de conquistas na Ásia - embora apenas as japonesas tenham vencido a Copa do Mundo - e estarão mais perto de casa do que o normal. A Austrália, impulsionada pela artilheira Sam Kerr, sinalizou recentemente sua intenção de buscar o título com uma vitória sobre a Espanha em um amistoso.

Outras equipes chegam com grandes estrelas, mas chances mais remotas: a Dinamarca da atacante Pernille Harder, a Noruega da centroavante Ada Hegerberg e a Jamaica da centroavante Bunny Shaw.

Por fim, sete países estão felizes em estarem apenas participando do torneio; Haiti, Marrocos, Filipinas, Portugal, Irlanda, Vietnã e Zâmbia se classificaram para sua primeira Copa do Mundo de Futebol Feminino.
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