Com informações da Gazeta Esportiva
Foto: Morgana Oliveira/Centro Sportivo Alagoano
Tomas Bastos, jogador do CSA, denunciou um caso de injúria racial em partida contra o Ypiranga de Erechim, no domingo, dia 8, no Colosso da Lagoa, pela Série C do Brasileirão. Ele diz ter sido chamado de macaco por uma torcedora.
O ato racista ocorreu por volta dos 37 minutos do primeiro tempo, quando o jogador foi cobrar um lateral próximo à arquibancada onde estava a torcida organizada do Ypiranga. Tomas Bastos alertou ao árbitro Luiz Augusto Silveira Tisne ter sido chamado de “macaco”.
De acordo com súmula assinada pela equipe de arbitragem, uma torcedora teria dito “vai logo, macaco” com direção a Tomas Bastos. O jogo ficou paralisado por mais ou menos dois minutos até que a mulher fosse identificada e retirada do local. Tomas Bastos efetuou um Boletim de Ocorrência dentro do estádio. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul.
Trecho da súmula que cita o ocorrido
O que diz a súmula: "Aos 37 minutos do primeiro tempo, fui informado pelo atleta de nº 08, o sr. Tomas Almino Bastos da Silva, da equipe do CSA, que ele havia sido chamado de macaco por uma torcedora do Ypiranga, localizada na arquibancada próxima à torcida organizada. De acordo com o atleta, a torcedora proferiu a seguinte frase: "Vai logo, macaco", quando este estava buscando a bola perto da arquibancada para cobrar o escanteio".
"O jogo ficou paralisado por 02 minutos para identificação da torcedora pela brigada militar e pelo atleta do CSA. Foi realizado boletim de ocorrência policial, sob número 4935 / 2023 / 151306. Relato que nenhum integrante da equipe de arbitragem ouviu o insulto e que o jogo foi paralisado, em função da reclamação do atleta. Nada mais a relatar".
Por meio de nota, o CSA repudiou o caso ocorrido com seu jogador. "O Centro Sportivo Alagoano lamenta profundamente mais um caso de racismo no futebol. Durante a partida deste último domingo, diante do Ypiranga, pela segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro, o atleta Tomas Bastos foi vítima de injúria racial por parte de torcedores adversários. Repudiamos veementemente qualquer tipo de discriminação, que precisa ser combatido em qualquer situação. É inadmissível que ainda ocorram fatos desse tipo em 2023, não há espaço para o racismo em nossa sociedade".
"O clube reforça que sempre luta contra o racismo, com campanhas e lançamentos de camisas. Em 2021, por exemplo, o CSA entregou uma camisa com a frase “Diga não ao racismo” para o atleta Celsinho, do Londrina, que na época também havia sofrido injúria racial. Reiteramos todo o nosso apoio ao atleta Tomas Bastos neste momento e informamos que um Boletim de Ocorrência (BO) foi feito logo após o fim do jogo. O Azulão repudia todo e qualquer ato de preconceito e espera que os responsáveis respondam pelos seus atos".
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