A despedida de Nílton Santos do Botafogo em 1964

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Nilton Santos se despediu do Botafogo e do futebol em 1964

Poucos jogadores na história do futebol tiveram um impacto tamanho como o lateral Nílton Santos. Bicampeão do mundo com a Seleção Brasileira, a "Enciclopédia da Bola", que completaria 98 anos neste dia 16 de maio, é um dos maiores nomes da história do esporte bretão no Brasil e na verdade no mundo inteiro. Dono de uma carreira enorme, ele se despediu do Botafogo (e do futebol) em 1964, num jogo diante do Flamengo.

Nílton Santos teve toda a sua carreira dentro dos campos ligada ao clube da Estrela Solitária. Nascido no Rio de Janeiro, o lateral começou no clube relativamente tarde, com 23 anos, em 1948, mas desde seu primeiro momento já mostrou sua qualidade para poder ser titular do time. Já no ano seguinte era presença regular na Seleção Brasileira e inclusive era parte do elenco da tristeza do Maracanazzo em 1950. Havia se despedido da Seleção em 1962.

Seu jogo de despedida veio no 12 de dezembro de 1964, numa partida diante do Flamengo, no Maracanã. Naquele dia, o Maior do Mundo (pelo menos na época) recebeu incríveis 88 mil torcedores para ver a despedida do ícone alvinegro. Mas, a partida também era válida pelo campeonato carioca, onde inclusive o Flamengo tinha ainda certas aspirações. 

Dentro de campo, o jogo foi bastante equilibrado, com as duas equipes criando chances interessantes ao longo dos 90 minutos. Ambos os goleiros, Manga e Marcial tiveram de trabalhar durante o jogo em chances criadas pelo alto e pelo chão. O gol, porém, veio pelo lado botafoguense, numa belíssima e violenta cabeçada de Roberto, aos 23 minutos do segundo tempo, subindo mais que toda a zaga e cabeceando a bola pelo chão. O resultado se manteve até o fim e o Fluminense chegou a final da competição e não o Flamengo.


No fim, Nílton se despediu jogando o jogo inteiro numa partida onde seu Botafogo venceu. O último jogo da Enciclopédia pelo Glorioso marcou sua partida de número 723 pelo clube, um recorde ainda não batido. No total, o bom lateral marcou 11 gols com a Estrela Solitária, conquistando quatro títulos do Campeonato Carioca e um torneio Rio-São Paulo. Ele nos deixou há quase 10 anos, em 23 de novembro de 2013.
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