Os anos de Johan Cruijff no Barcelona

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Cruijff teve um grande vínculo com o Barça

Nesta terça-feira, dia 25, o lendário ex-jogador e treinador holandês Hendrik Johannes Cruyff, nascido em Amsterdam no ano de 1947, estaria completando 76 anos de idade se estivesse vivo. Reconhecido por ser eleito como o melhor futebolista europeu do século XX, um dos maiores jogadores da história do futebol e um grande revolucionário, o popular Johan Cruijff teve uma grande identificação com o Barcelona, já que trabalhou no clube catalão tanto dentro quanto fora das quatro linhas.

Revelado nas categorias de base do Ajax, mesmo clube onde se profissionalizou em 1964 e permaneceu até 1973, o meio campista chegou ao Barça por cinco milhões de florins, protagonizando a negociação mais cara do futebol na época. Num primeiro momento, este alto valor fez o governo espanhol desaprovar a transferência, mas ainda assim conseguiu ser levado por ter sido registrado oficialmente como uma peça de máquina de agricultura. Em campo, o atleta mostrou a veio: em sua primeira partida, balançou as redes duas vezes e reconduziu o time Culé a um título espanhol que acontecia há 14 temporadas, quando jogadores como Zoltán Czibor, László Kubala, Luis Suárez e Evaristo ainda atuavam no clube.

Durante a campanha, o Barcelona chegou a golear o Real Madrid por 5 a 0, em pleno Santiago Bernabéu, justamente oito dias após Cruijff se tornar pai de Jordi Cruijff. Naquela grande vitória, Cruijff fez um belíssimo gol, deu duas assistências para os dois últimos tentos e foi aplaudido pela torcida Merengue por sua excelente atuação.

Posteriormente, foi eleito melhor jogador do campeonato nacional e recebeu sua terceira Bola de Ouro pelo feito. Além disso, em 74, também ajudou a Seleção Holandesa a se classificar para uma Copa do Mundo, competição que os Países Baixos não disputavam o torneio desde a sua segunda participação, que havia sido em 1938. 

Na contrapartida deste primeiro ano memorável na Catalunha, os seguintes acabaram sendo bastante frustrantes para o atleta. Mesmo jogando junto com Johan Neeskens, ex-companheiro de Ajax e Seleção Holandesa, contratado depois do mundial de 1974, viu o Real Madrid se sagrar campeão espanhol em 1975, 1976 e 1978. Quando o Barça finalmente conseguiu terminar o campeonato nacional à frente dos Blancos, perdeu o título nacional para o Atlético de Madrid por apenas um ponto.

Fora a conquista do Campeonato Espanhol de 1974, a outra conquista de Cruijff pela agremiação Blaugrana aconteceu em 78, quando o Barça venceu a Copa do Rei. Neste mesmo ano, Johan não disputou o Mundial e deixou o clube Barcelonista após 183 partidas disputadas e 60 gols marcados, segundo o site ogol.com, após alegar estar cansado da violência  que havia no futebol espanhol.


Na sequência de sua carreira, Johan Cruijff ainda defendeu clubes como Los Angeles Aztecs, Washington Diplomats, Levante, voltou ao Washington Diplomats e ainda teve uma outra passagem pelo Ajax, onde começou o seu estrelato. Entretanto, encerrou a trajetória futebolística após jogar com as cores do Feyenoord, maior rival do Godenzonen, em 1984.

Depois de pendurar as chuteiras, o craque holandês se tornou treinador, comandou o Ajax entre de 86 até 88, ano em que assumiu o cargo técnico do Barça. À beira do campo, Jopie também fez história: conquistou uma Taça dos Clubes Vencedores de Taças (1988/89); uma Copa do Rei (1989/90); quatro Campeonatos Espanhóis (1990/91, 1991/92, 1992/93 e 1993/94); três Supercopas da Espanha (1991, 1992 e 1994); uma Liga dos Campeões da UEFA (1991/92) e uma Supercopa da UEFA (1992).
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