Foto: Ítalo Ramon / CSE

Repórter André Henrique foi vítima de racismo no estádio do CSE
Após quase um mês do ocorrido, o CSE foi julgado e multado no Tribunal de Justiça Desportiva de Alagoas (TJD-AL) depois de um caso de racismo contra um repórter. Nesta quinta-feira (23), a entidade condenou o Tricolor Palmeirense com multa de um salário mínimo (R$ 1,300,00) e determinou que a diretoria terá de realizar ainda ações de combate ao racismo e campanhas de conscientização dos torcedores.
Por não ter tido identificação do agressor, o CSE foi punido, entrando em campo com faixa contra práticas racistas nos jogos válidos pelo Campeonato Alagoano e da Copa Alagoas. Caso haja reincidência, o clube será obrigado a jogar de portões fechados quando for mandante, mas uma publicação nas redes sociais já mostrou solidariedade ao jornalista.
“O Clube Sociedade Esportiva repudia veementemente o episódio lamentável ocorrido com o repórter André Henrique, que foi vítima de racismo. O clube presta total solidariedade a esse grande profissional Estaremos sempre ao seu lado, André. Racismo é crime”, publicou o CSE, repudiando a injúria registrada no seu próprio estádio.
O caso - No dia 29 de janeiro, em confronto válido pela 4ª rodada do Estadual, o CSE foi derrotado pelo Cruzeiro de Arapiraca no Juca Sampaio. Durante o intervalo, quando estava junto aos demais profissionais de imprensa, André disse que oito torcedores do Índio Xucuru foram ao alambrado e um deles fez o ataque racista, porém não deu para identificá-lo por ter deixado o local de imediato.
“Ao final do primeiro tempo, fui para o túnel para as entrevistas com os demais repórteres. No momento que entrevistava o técnico Jaelson Marcelino, do Cruzeiro, cerca de oito torcedores do CSE estavam no alambrado; um deles olhou para mim e disse as seguintes palavras: “O que você tá olhando, seu negro filho da puta.” Não foi possível identificar o torcedor, porque ele se evadiu rapidamente do local”, afirmou o repórter.
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