Ênio Andrade e sua passagem pelo gaúcho Renner

Por Fabio Rocha
Foto: arquivo

Ênio Andrade era um dos destaques do Renner campeão gaúcho de 1954

O Brasil tem diversos nomes que estão marcados na história do futebol, e Ênio está nessa lista, sem dúvidas. Ênio Vargas de Andrade, mais conhecido apenas como Ênio Andrade, nasceu em Porto Alegre, no dia 31 de janeiro de 1928, e nos deixou em Porto Alegre, no dia 22 de janeiro de 1997. Ele foi um dos grandes do Renner campeão gaúcho de 1954

Ênio foi jogador e treinador de futebol, tendo bela carreira em ambas profissões, sendo sempre um vencedor. Tudo começou em 1949, quando ele começou a atuar pelo São José, mas ficou por pouco tempo no time mediano do futebol gaúcho.

Com suas boas atuações, o jogador chamou a atenção do Internacional, e se transferiu para a equipe em 1950. No colorado, Ênio foi bicampeão do Campeonato Gaúcho, e logo depois deixou o clube. Logo após seu segundo título, o atleta recebeu uma boa proposta.

Ênio foi atuar no Grêmio Esportivo Renner, equipe do Grupo Renner, que foi extinta no século passado. Foi no clube gaúcho que se transformou em meia, passando atuar mais perto dos atacantes e chegando na área para finalizar.

Foi com as suas boas atuações na equipe que chamou a atenção da Seleção Brasileira, começando a ser convocado para alguns jogos, mas acabou não se firmando com a camisa do Brasil. O meia ficou muito tempo na equipe, construindo uma linda história com a camisa do clube.

O jogador foi fundamental na campanha do título do Campeonato Gaúcho de 1954, sendo o principal atleta da equipe. O time conseguiu um feito muito importante com a vitória, pois era muito difícil bater as duas equipes grandes da região, o Internacional e o Grêmio. Para se ter uma ideia, depois do título do Renner, a dupla GreNal deixou de ganhar um Gauchão apenas em 1998, com a conquista do Juventude, na época financiada pela Parmalat.

Ênio ficou na equipe por seis anos, até quando o clube foi extinto em 1957. Com o fim do clube, o jogador teve que se transferir para outro clube. O meia recebeu proposta do Palmeiras e foi atuar no time paulista, onde também teve uma linda passagem.


Depois do Alviverde, o jogador foi para o Náutico e retornou para o São José, onde se aposentou. Mas Ênio não deixou os gramados, pois resolveu seguir sua carreira como treinador, passando por grandes times e fazendo ótimas campanhas, ganhando títulos de muita relevância, sendo três Brasileirões: 1979 (Internacional, o único invicto da história), 1981 (Grêmio) e 1985 (Coritiba).

Ênio só parou de trabalhar como treinador em 1995, quando deixou o Cruzeiro depois de ser semifinalista do  Campeonato Brasileiro. Dois anos depois acabou falecendo, aos 68 anos, vitimado por complicações pulmonares.
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