As homenagens dos jogadores da Seleção Brasileira da Copa do Mundo de 1970 para Pelé

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Brasil que jogou a Copa do Mundo de 1970

Poucos times são tão presentes no imaginário de quem gosta de futebol quanto a Seleção Brasileira que foi campeã da Copa do Mundo de 1970, conquistando o terceiro título canarinho. O escrete amarelo e verde de um time incrível virou quase um intangível de divindades no imaginário das pessoas com alguma justiça pelo incrível futebol praticado pelo time brasuca. Recentemente, o mundo do futebol perdeu seu maior ícone, o Rei Pelé e diversos companheiros do Atleta do Século deram depoimentos sobre a perda do homem Edson.

Paulo César Caju declarou que recebeu a notícia "com muita tristeza" e definiu que teve o "privilégio e o prazer" de se tornar campeão do Mundo em 1970 ao lado do Rei com "apenas 20 anos". E definiu que tinha uma relação "muito afetiva" com o Rei do Futebol, já que sua mãe era de três corações e amiga da família do camisa 10. E ainda definiu que a relação foi ainda maior quando se tornou profissional e foi convocado em 1969 pela primeira vez, quando passou a fazer "excursões pelo mundo inteiro" com ele.

O canhota de ouro Gerson começou sua declaração exaltando que: "quem viu viu e aprendeu e quem não viu não verá outro igual", além de citar que "o mundo está de luto e o futebol de luto eterno". Finalizou desejando que Pelé descanse em paz, o chamando ainda de "querido amigo". Companheiro de Gerson na meia-cancha, Clodoaldo, ídolo do Santos, que era muito amigo do Rei, declarou que havia sido um "privilégio jogar com ele". e que havia ficado ainda mais próximo de Pelé após o fim da carreira de ambos. Clodoaldo ainda completou, num aspecto mais pessoal, que "ninguém está preparado" para a morte de um amigo, por mais que se saiba que pode acontecer.

Colega de ataque do maior de todos os tempos, Tostão disse que o dia da morte de Pelé era um "dia muito triste" e que ele foi "o maior de todos os tempos". O ex-cruzeirense ainda ressaltou que ele sempre "atendia a todos com um sorriso aberto" que "teve a honra de jogar ao seu lado" e que "todas as gerações vão lembrar dele". Ainda mandou um abraço a toda a família do Rei do Futebol. Tostão, não custa lembrar, era o destaque do Cruzeiro que destronou o Santos do Rei na Taça Brasil de 1966, com grande atuação do futuro colega de seleção. Outro colega de ataque, Rivellino foi breve e direto em uma rede social: "O maior jogador do mundo não vai existir outro. Obrigado por existir na minha vida. Você não morreu. Você é eterno. A bola está em pranto"

Companheiro de ataque de Pelé e talvez curiosamente o artillheiro do Brasil na Copa do Mundo de 1970, Jairzinho disse que foi "privilegiado por poder jogar com o maior da história". Disse que "não dava nem para descrever" o que foi o Atleta do Século. Além disso, o Furacão de 1970 comentou que tinha "lembranças maravilhosas por ter jogado com ele", que havia ensinado muito nos dez anos jogando juntos e também como adversários. Completou dizendo ainda que "Pelé é um professor, principalmente para ele".

Reserva daquele potente ataque, o grande Dadá Maravilha escreveu nas redes sociais que "o mundo está de luto. o Rei que encheu nossos corações de alegria, infelizmente nos deixou!". ainda ressaltou o legado de Pelé e agradeceu pela convivência: "O maior de todos, um gênio, uma lenda, agora descansará em paz, ao lado dos craques que estão no céu! Pelé Eterno!! Seu legado será para sempre!! Obrigado por tudo meu ídolo!"

Goleiro reserva do time campeão do mundo no México, Ado, que também jogou no Santos, fez questão de ir ao Albert Einstein. Disse que "nunca viu ele dar uma bronca em ninguém", que sempre ficava calmo e pedia calma aos companheiros e que a única vez em que agrediu alguém foi diante do Uruguai na semifinal daquela Copa, procurando ressaltar o cavalheirismo de Pelé como atleta. Ado contou também sobre um episódio curioso, quando o camisa 10 usou o violão, que também gostava de tocar, para matar um escorpião que andava sobre a cortina. Também contou sobre o choque e a tristeza causadas pela notícia do falecimento de Pelé.

Zé Maria, um dos laterais do time de 1970, disse que a "convivência com o Rei foi espetacular". Ressaltou que além do atleta, Pelé também era uma pessoa incrível e que "procurava sempre aconselhar os mais jovens" (Zé Maria tinha apenas 20 anos em 1970). Falou também que a morte dele era "uma tristeza imensa" e desejou que "Deus o receba de braços abertos e que conforte sua família, amigos e fãs". Encerrou agradecendo ao seu ex-colega de Seleção Brasileira: "Obrigado, Pelé! Descanse em paz, Rei!".


Treinador daquele time, Zagallo, que também foi colega de Pelé no título da Copa do Mundo de 1958, declarou com muita emoção que "meu maior companheiro se foi" e que levaria com ele o sorriso de Pelé: "Meu maior parceiro se foi e é com esse sorriso que guardarei você comigo. Amigo de tantas histórias, vitórias e títulos e que deixa um legado eterno e inesquecível. A pessoa que parou o mundo diversas vezes. A pessoa que fez da camisa 10 a mais respeitada. Um brasileiro que defendeu nosso País em todo o mundo. Hoje o mundo, chorando, para e se despede do maior de todos. Do Rei do Futebol. Obrigado por tudo". Fechou ainda declarando que: "Você é eterno. Eu te amo."
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