Foto: Arquivo
O jogo não terminou por conta da queda do alambrado
Nesta sexta-feira, dia 30, se completam 22 anos daquele que seria o segundo e último embate entre Vasco da Gama e São Caetano, pela final da Copa João Havelange de 2000. Naquela ocasião, o duelo entre cariocas e Paulistas, que já haviam empatado em 1 a 1 no jogo de ida, estava acontecendo no gramado do Estádio São Januário, mas por conta de um uma queda de alambrado, esse segundo encontro foi interrompido e remarcado apenas para janeiro do ano seguinte.
Na época, o Gigante da Colina era considerado como uma das equipes mais fortes do Brasil. No seu elenco, o Almirante contava com Juninho Pernambucano, Felipe, Junior Baiano e Romário, o maior goleador do país naquele momento. Mesmo trocando de maneira brusca o treinador Oswaldo de Oliveira pelo Joel Santana, o Vascão vivia um grande momento e vinha de uma importante conquista da Copa Sul-Americana, pouco depois de uma virada histórica para cima do Palmeiras.
Por outro lado, o Azulão, que foi vice-campeão do Módulo Amarelo, surpreendeu Fluminense, Palmeiras e Grêmio, os despachando no mata-mata. Outro quesito que chamava bastante atenção era que a sensação do futebol brasileiro atuava muito bem os jogos em que esteve na condição de visitante ao longo de toda a competição.
Isso se provou naquele que seria o jogo que decidiria o título para qualquer um dos lados. O Pequeno Gigante começou jogando melhor, tendo duas chances claras de gol com Adhemar no mesmo lance. Na primeira bola, o ídolo caetanista parou em grande defesa de Helton, e depois da bola ainda bater na trave, ainda pegou o rebote, mas novamente parou no arqueiro vascaíno.
O panorama do Vasco piorou quando Romário sentiu uma contratura muscular e precisou ser substituído por Viola. Porém, aos 23', houve uma briga entre vascaínos e com o estádio superlotado, causou a queda de parte do alambrado que separava as arquibancadas do gramado. Nessa confusão, cerca 150 pessoas se feriram, sendo três delas de maneira grave. As ambulâncias e os médicos tiveram de entrar no gramado de São Januário para socorrer os acidentados. Um grupo de parte torcedores aproveitaram para invadir o campo, mas muitos também auxiliaram no processo de resgate.
Depois de tudo isso, ainda teve desentendimento entre as diretorias. Enquanto a parte dos mandatários do time carioca queriam o reinício da partida, o lado paulista não concordava. A Rede Globo, que estava transmitindo o jogo, também seguia a mesma linha do time do ABC, já que um recomeço atrapalharia a sua grade de programação.
Os jogadores do Vasco ainda chegaram a fazer uma volta olímpica, já que um novo empate daria a taça ao time mandante, por ter feito uma melhor campanha durante toda a competição. Para novo protesto, os diretores azulinos alegaram que os pontos deveriam ser transferidos ao time visitante e o título, já que toda a confusão foi de fato causada pela torcida cruzmaltina.
Por fim, o São Caetano deu férias para os seus atletas e não conseguiu se preparar direito para o jogo decisivo. Consequentemente, o Vasco da Gama mostrou toda a sua força atuando sobre o Azulão atuando no gramado do Maracanã, uma vez que o São Januário estava interditado, venceu por 3 a 1 no dia 18 de janeiro de 2001, e ficou com o título da Copa João Havelange de 2000.
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