O goleiro Félix no Fluminense

Por Felipe Roque
Foto: arquivo

Félix em ação no Fluminense

Se estivesse vivo, Félix, o goleiro do tri em 1970, completaria hoje, véspera de Natal, 85 anos. O arqueiro, revelado no Juventus, conquistou diversos títulos pelo Fluminense e Seleção Brasileira, sendo um deles a Copa do Mundo. Começou sua carreira em 1953 e se aposentou em 1978, se tornando treinador, dos anos de 78 a 82. Em 2007, recebeu o convite para ser diretor-técnico da Inter de Limeira, sendo seu último cargo no futebol.

Félix começou a carreira bem cedo, aos 16 anos já era goleiro profissional do Juventus, o que despertou interesse de outros clubes. Ficou no Moleque travesso até 1955, quando foi contratado pela Portuguesa, em 1955, entretanto, sua estreia aconteceu apenas em 1956, no Torneio Rio-São Paulo Internacional, na vitória da Lusa por 2 a 1 pra cima do Newell's Old Boys, da Argentina. Félix alternava entre ser reserva e titular e, com a chegada de um novo goleiro em 1957, foi “rebaixado” para o time de aspirantes do time do Canindé, onde venceu o Campeonato Paulista. Foi emprestado ao Nacional-SP e, em 1960, o treinador da Lusa pediu o arqueiro de volta, quando passou a ser titular absoluto da equipe.

Após anos de destaque na Portuguesa, o goleiro foi vendido para o Fluminense, em 1968, clube em que marcaria história. Pelo tricolor, Félix foi campeão carioca em 1969, 1971, 1973, 1975 e 1976, campeão também de três edições de taças guanabaras, duas delas, em 1969 e 1971, competições independentes do Campeonato Carioca, além ter conquistado também o Campeonato Brasileiro de 1970 e diversos outros torneios amistosos.

Com a camisa tricolor, atuou em 319 partidas entre 1968 e 1978, com 152 vitórias, 82 empates e 85 derrotas, sofrendo 260 gols e ganhou até mesmo um apelido: “Papel", devido a sua magreza e aos voos espetaculares que dava para agarrar a bola (voava como um papel). Com grandes atuações, Félix chegou à Seleção Brasileira no ano de 1965, disputou 48 partidas e conquistando 4 títulos. Em 1970, no time mágico que vestia a amarelinha, Félix foi muito importante ao fazer diversas defesas, sendo uma contra o Uruguai, na semifinal, a mais lembrada e considerada por muitos a defesa do título.


No ano de 1982, Félix foi técnico interino do Botafogo e efetivo do Avaí. Atuou como tal por 18 jogos, obtendo 6 vitórias, 4 empates e 8 derrotas pelo Leão da Ilha da Magia. Em 2007, assumiu o cargo de diretor-técnico da Inter de Limeira, que disputou o segundo escalão do Campeonato Paulista, tendo passado antes nas categorias de base de alguns clubes e ter se aposentado como preparador de goleiros do Fluminense, onde ficou até 1980.

Félix faleceu em 2012, aos 74 anos, vítima de enfisema pulmonar e ter sofrido diversas paradas cardiorrespiratórias. O ex-goleiro marcou história no futebol e é considerado, até hoje, um dos maiores que vestiu a camisa tricolor nesta posição.
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