Foto: Arquivo
O Grêmio venceu mas não levou
O dia 4 de dezembro de 2002 pode ser lembrado pelo torcedor santista como uma espécie de primeira libertação de um calvário. Naquele dia, mesmo diante de um Olímpico lotado, um cenário de terror onde muitos times mais tarimbados sucumbiram diante do Grêmio, o Alvinegro Praiano segurou as pontas e perdeu apenas de 1 a 0, garantindo com a derrota uma vaga na decisão do Brasileirão daquele ano, para buscar um título esperado há muito tempo por seu torcedor.
O 3 a 0 do jogo da Vila Belmiro havia ficado barato diante de tamanho volume imposto pelo Santos desde o começo da semifinal daquele Brasileirão. O Grêmio sabia que a missão era muito difícil e que a vantagem santista era grande, mas tentaria se impor diante de um estádio que foi enquanto existiu um templo de terror para qualquer adversário. Foi nesse cenário que o jogo rolou.
A verdade é que, mesmo precisando do resultado o Grêmio teve muitas dificuldades para conseguir entrar na defesa santista. Desde o início, o Peixe se mostrou bem postado e cedeu poucas chances efetivas ao time gremista, que foi conseguir finalizar com perigo num erro da defesa aproveitado por Rodrigo Fabri. Curiosamente, apesar da ofensividade gremista, a melhor chance do primeiro tempo foi do Santos, que já no finalzinho só não fez 1 a 0 pois Elano conseguiu perder um gol sem goleiro. Pouco depois, nos acréscimos, Rodrigo Fabri sofreu uma entrada violenta de André Luís e o árbitro Antônio Pereira da Silva não deu o pênalti.
Na etapa final, no desespero, o Grêmio veio de vez para cima e criou várias chances de marcar. Porém, a situação do Imortal ficou complicadíssima quando Samuel foi expulso após falta violenta em Renato. Já na metade do segundo tempo, mais precisamente aos 23 minutos, Rodrigo Fabri se esticou todo após linda jogada de Rodrigo Mendes e fez o primeiro do Grêmio. Pouco depois, Maurinho foi expulso e o jogo ficou complicado. O Tricolor tentou pressionar de todas as maneiras, mas no fim das contas, o 1 a 0 foi suficiente para a classificação a decisão.
O Peixe pegaria o Corinthians na final, com o Alvinegro do Parque São Jorge tendo a vantagem de jogar o segundo jogo como mandantes. Não faria muito diferença, pois no fim das contas os dois times optaram por fazer os dois jogos no Morumbi, que era uma espécie de Maracanã paulista até meados dos anos 2000, numa decisão que pouco surpreendeu no contexto da época.
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