De finalista da Libertadores ao Paulistão A2: o que aconteceu com o São Caetano?

Por Ricardo Pilotto
Foto: Arquivo

Azulão completa 33 anos de história 

Neste dia 4 de dezembro de 2022, a Associação Desportiva São Caetano está completando 33 anos de fundação. Apesar dos diversos problemas administrativos que o clube vem tendo há vários anos, o Azulão ainda tenta se reerguer no cenário do futebol brasileiro para reviver seus dias de glória.

Fundado em 1989, o Pequeno Gigante teve uma ascensão muito rápida, tanto no âmbito estadual quanto nacional, logo nos seus primeiros anos de existência. Emplacando diversos acessos em sequência, o clube do ABC Paulista chegou à elite do Paulistão e do Brasileirão.

Foi justamente por esta evolução meteórica, que logo no começo dos anos 2000, o time azulino passou a chamar a atenção do futebol brasileiro. Chegou nas finais da Copa João Havelange em 2000, do Brasileirão de 2001 e da Libertadores de 2002, mas acabou batendo na trave e não conquistou nenhum destes três títulos que estiveram nas suas mãos em determinados momentos.

A redenção veio em 2004, quando a equipe caetanista venceu o seu primeiro e único troféu do Paulistão A1. No mesmo ano, viveu um período de profunda tristeza ao perder o zagueiro Serginho, que sofreu uma parada cardiorespiratória durante uma partida diante do São Paulo, no Morumbi, pelo Brasileirão. Mesmo sendo penalizado comuma perda de 24 pontos, o São Caetano conseguiu se manter na elite do futebol brasileiro.

O princípio da derrocada do Azulão começou a partir de 2005, quando foi rebaixado para a Série B do Brasileirão. Ficou disputando a segunda divisão nacional até 2013, temporada em que o clube foi parar na Série C, meses depois de cair para a Série A2 do Campeonato Paulista. Foi a partir deste ano, que o time do ABC começou sua queda livre.

Em 2014, o Pequeno Gigante ficou muito perto de cair para Série A3 do campeonato estadual, mas no campeonato nacional não teve jeito: foi para a Série D do Brasileiro com uma campanha muito fraca na terceira divisão.

No ano seguinte, o São Caetano não conseguiu fazer o o suficiente para conquistar o acesso de volta a elite do futebol paulista e na quarta divisão ficou no quase mais uma vez. Fez a melhor campanha da primeira fase da competição mas foi eliminado pelo Botafogo de Ribeirão Preto nas quartas de final e ficou sem nenhuma competição de nível nacional em 2016.

Apenas conseguiu volta para a A1 do Paulistão em 2017 como campeão da A2 e para a Série D em 2019, graças a uma boa campanha no campeonato estadual de 2018, no qual se classificou para as quartas de final, mas foi eliminado pelo São Paulo. 

Na temporada seguinte, o time do ABC fez uma péssima campanha na elite paulista e foi rebaixado novamente para a Série A2. Meses depois, a equipe não conseguiu sequer passar da fase de grupos da quarta divisão nacional e foi eliminado precocemente da competição.

Quando tudo parecia que o São Caetano daria o pontapé no seu ressurgimento com o retorno a elite e o título da Série A2 de 2020, uma grave crise financeira voltou a assolar o clube como no fim de 2019, e o escrete azulino deu início a uma das piores crises de sua história. 


Tudo isso fez com que o Azulão perdesse seus principais jogadores e acabasse fazendo péssimas campanha na Série D de 2020 e na A1 do Paulista de 2021. Rebaixado mais uma vez a A2, o time caetanista continua sem divisão nacional. Para voltar a brigar nas primeiras divisões novamente, a equipe do ABC precisará ter paciência. Por conta dos diversos problemas que o clube atravessa, a Copa Paulista e Estadual A2 se tornaram uma realidade para o São Caetano.

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