A nossa geração apenas tem de agradecer por poder viver e ver Messi

Por Lucas Paes
Foto: Reuters

Messi beija a taça da Copa do Mundo

O maior dos jogadores da atual geração, o provável segundo maior jogador da história deste esporte finalmente chegou a sua consagração máxima. Numa final já descrita por muitos com razão como a maior de todas as Copas do Mundo, a Argentina bateu a França nos pênaltis e saiu com o título do Catar. Messi, o ícone do esporte bretão dos nossos tempos finalmente ganha o título que lhe faltava, o título que fez brasileiros torcerem por ele inclusive. A nós dessa geração só resta agradecer sempre pelo privilégio de poder viver e ver Léo Messi.

O ET, como é apelidado por muitos, mostrou desde muito cedo o tamanho talento que tinha e já quando jovem Ronaldinho e Deco cantavam a bola que o garoto seria o melhor jogador do Mundo. Léo, porém, nunca se contentou com ser o melhor do mundo. Imparável, incontestável caminhou para o panteão dos maiores da história e jamais afinou para o desafio de ser um gigante. Quem acompanhou cada passo dessa caminhada hoje sente-se feliz talvez não pelo título, mas por ter visto a história ser escrita e coroada. O argentino merecia o maior troféu do futebol.

O eterno ídolo do Barça é já há muitos anos o maior ícone futeboleiro dessa geração. Protagonista de uma eterna dicotomia da rivalidade com Cristiano Ronaldo, o baixinho nunca saiu do topo do futebol, por vezes, porém, perdendo o prêmio com justiça para o português, que não pode ser ignorado quando se fala de Messi. Seu maior concorrente também é a maior metáfora de seu gigantismo, já que o atual camisa 30 do Paris Saint Germain tornou um dos maiores jogadores de todos os tempos um mero concorrente ao topo. Um topo e uma cadeira no olimpo ludopédico que Ronaldo jamais alcançará. Hoje, o maior de nossa geração se sentou na mesa dos gigantes. 

Este que vos escreve quando mais novo até caia nesta dicotomia, mas já há mais de 10 anos prefere simplesmente admirar os dois talentos. É impossível não apreciar Lionel Messi e apenas lamento por quem não o consegue fazer. É um sujeito que dentro de campo parece flutuar sob outra aura, sob outra dimensão, sob outro patamar, como gostam de usar tal termo. É um sujeito que construiu uma história incontestável no esporte bretão e tem sido um prazer, como continuará sendo poder ser privilegiado de nascer na mesma era em que ele encanta o mundo.


Já diz o fenômeno Ronaldo que "há jogadores que transcendem rivalidades". Messi fez isso hoje, fazendo com que brasileiros torcessem por ele, fazendo com certeza com que uruguaios, chilenos, ingleses, espanhóis e tantos outros acompanhassem a final esperando pelo ponto final do roteiro perfeito. Depois de tanto que o gênio de Rosário deu a todos que amam o futebol, só me resta aqui agradecer, como integrante da "Geração Messi" por tudo. És gigante Léo e poucos mereciam tanto um troféu quanto você, que está na história, para sempre.
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