Por Fabio Rocha
Foto: arquivo
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Castilho foi o titular no Fluminense por muitos anos
Carlos José Castilho, mais conhecido como Castilho, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 27 de novembro de 1927, e se tornou o maior goleiro da história do Fluminense. O jogador dedicou praticamente sua carreira toda ao clube carioca e venceu grandes títulos.
Castilho chegou no clube em 1946 e por lá ficou muitos anos. Com seus 1,81 m, baixo para o futebol atual, mas alto para aquela época, se tornou titular rapidamente da equipe. O goleiro se tornou um pilar na equipe, fazendo grandes defesas e tendo uma liderança importante.
O goleiro deixava sua vida em campo e cobrava o mesmo de seus companheiros, o atleta era uma grande referência no clube e ajudou a equipe a conquistar o tricampeonato carioca, que na época tinha uma importância gigantesca e os estaduais eram as principais competições.
Castilho com seus grandes jogos pelo Fluminense foi convocado para a Seleção Brasileira e também ficou vários anos sendo convocado, porém era o goleiro reserva. O goleiro foi Campeão Mundial em 1958 e 1962, as duas sendo reserva de Gylmar, mas tinha sido o titular em 1954, na Suíça, e ainda reserva de Barbosa em 1950.
Reserva na seleção, mas titular absoluto no Flu, o goleiro continuava fazendo história pelo clube e ajudou o time a levantar o título da Copa Rio em 1952, que o Fluminense tenta até hoje reconhecer como título Mundial, assim como o Palmeiras fez no início do século.
O goleiro conquistou muitos títulos, mas não foi só por isso que ficou marcado. Castilho colecionava defesas milagrosas, mas em suas entrevistas falava que ele era um cara de sorte. Por conta disso, ele ficou conhecido como Leiteria, é um apelido comum na época para pessoas que tomam sorte.
Além desse apelido, os torcedores do tricolor carioca o chamavam de São Castilho pelos milagres feitos. O goleiro era daltônico e acreditava ser favorecido, pois via vermelho as bolas amarelas. Porém, as bolas brancas o prejudicavam à noite, pois não conseguia ver muito bem a cor.
Além disso, o jogador tem um caso de raça que mostra todo seu amor ao Fluminense. Em 1957, o goleiro teve contundido pela quinta vez o dedo mínimo esquerdo e precisaria ficar dois meses fora para se recuperar. Porém, em conversa com o médico o goleiro sugeriu amputar o dedo para voltar mais rápido e isso foi feito e em duas semanas estava de volta a campo.
Depois teve uma boa carreira como treinador, com destaque para o título paulista com o Santos, em 1984. Castilho cometeu suicídio em 2 de fevereiro de 1987, aos 59 anos, quando foi visitar sua esposa, jogando-se de uma janela. Pessoas próximas a ele acreditam que o ex-goleiro estava deprimido pelo esquecimento do público, porém o motivo exato é desconhecido pela família.
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