O início de Doni no Botafogo de Ribeirão Preto

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Doni em treino do Botafogo para jogo do Paulistão 2001

Titular da Roma por muitos anos, o goleiro Doniéber Alexander Maragón, mais conhecido como Doni, que completa 42 anos neste dia 22 de outubro de 2022, teve um começo de carreira bastante interessante no Botafogo de Ribeirão, onde inclusive durou pouco efetivamente como titular, mas já chamando atenção de times grandes na época, como o Corinthians.

Doni chegou as categorias de base do Botafogo de Ribeirão Preto ainda muito jovem, com 17 anos, em meados do ano de 1999. Era ainda um garoto que chegava mesmo para atuar pelo time sub-20 do clube, pegando alguma experiência treinando com os profissionais da equipe. Em seu início, esteve mais envolvido em partidas na categoria de base do Pantera. 

Atleta nascido em Jundiaí, passou a receber algumas chances em alguns amistosos, mas estas vinham muito esporadicamente. O titular do gol do Pantera era geralmente o goleiro Maurício, que já estava desde 2000 no clube e Doni era seu reserva que pouco conseguia atuar defendendo as traves botafoguenses. Essa situação curiosamente mudou numa das campanhas mais marcantes da história do Pantera, no ano de 2001.

Naquele ano, o Tricolor chegou nas últimas rodadas do Paulistão com poucas chances efetivas de classificação e no fim da primeira fase do campeonato Maurício recebeu vantajosa proposta do Santo André, que na época se preparava para a disputa das finais do Paulistão Série A2.

O então goleiro, importante nos pontos extras do Pantera naquele Paulistão (jogos terminados empatados iam para as penalidades e o vencedor ganhava um ponto a mais) acabou negociando com o Ramalhão, porém o Botafogo venceu a Portuguesa no Canindé e conseguiu a combinação de resultados necessária para chegar às semifinais. Com Maurício negociado, Doni passou a ter chances no gol botafoguense, caindo na enrascada das semifinais diante da Ponte Preta.

E a atuação de Doni no primeiro jogo foi magistral. Ainda que tenha tomado um gol do poderoso time da Ponte, que na época tinha em seu ataque um tal de Washington, o goleiro do Botafogo fecha o gol na partida em Ribeirão Preto e ajuda de maneira decisiva na vitória do time tricolor por 2 a 1. No segundo jogo, o placar de 3 a 3 classifica a Pantera, num dia onde Doni pegou um pênalti de Washington, mas não foi páreo para uma Ponte infernal durante a maior parte do jogo. 


Ele também atuou como titular nos dois jogos da final, onde o Botafogo não foi páreo para o Corinthians. Por sinal, o Timão termina sendo o destino de Doni, que vai ao Parque São Josrge junto a Leandro e Luciano Ratinho, seus colegas de time. Fez naquele paulistão quatro jogos pelos tricolores de Ribeirão Preto.

Depois do Corinthians, Doni passou depois por diversos clubes grandes, como Santos, e viveu seu auge jogando na Roma, entre 2005 e 2011, clube onde inclusive é considerado ídolo e que o levou a Seleção Brasileira, onde foi titular na Copa América de 2007 e reserva na Copa do Mundo de 2010. Se aposentou em 2013, devido a problemas cardíacos, quando tinha voltado para o Botafogo de Ribeirão Preto.
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