A passagem de Dida pelo Cruzeiro

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Dida atuando no Cruzeiro

O baiano Nelson de Jesus Silva, que ficou mais conhecido pelo apelido de Dida, foi dentro de campo um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro e mundial. Conhecido tanto pelo seu reflexo quase inigualável quanto por uma frieza quase não característica de goleiros sul-americanos, o brasileiro, que completa 49 anos neste dia 7, marcou a história da maior parte dos clubes pelos quais defendeu as traves. Uma de suas grandes passagens na carreira foi no Cruzeiro.

Dida começou a ganhar reconhecimento em sua carreira ainda muito jovem, quando em 1993, com apenas 20 anos de idade, foi o goleiro titular do timaço do Vitória que seria finalista do Brasileirão daquele ano. Foi eleito inclusive pela Revista Placar como melhor goleiro daquele campeonato, se tornando o mais jovem a vencer a Bola de Prata. Essas qualificações o levaram ao Cruzeiro em 1994.

Se tornou rapidamente titular do gol da Raposa e já em 1994 foi crucial na conquista do titulo do Campeonato Mineiro, seu primeiro pelo time estrelado. Naquele mesmo ano, já deu demonstrações de sua capacidade de defesa de pênaltis, pegando um de Gyan em jogo diante do Vasco e um de Véron em jogo diante do Estudiantes de La Plata. 

Em 1995, seguiu sendo um dos destaques do time, ajudando na conquista da Copa Ouro e da Copa Master da Supercopa. Naquele ano, inclusive, pegou um pênalti de Romário em uma partida diante do Flamengo. Em 1996 era o pilar de um dos melhores times do Cruzeiro nos anos 1990, sendo essencial na conquista da Copa do Brasil e do Campeonato Mineiro e ajudando a equipe a chegar as quartas do Brasileirão. Foi agraciado com outra Bola de Prata. Este foi também o ano onde defendeu mais pênaltis pelo clube, com quatro.

No ano seguinte suas defesas foram cruciais durante toda a campanha da histórica conquista da Libertadores da América, principalmente na decisão diante do Sporting Cristal. Marcou de vez seu nome na história do clube com esse título, se tornando um dos responsáveis diretos pela segunda taça da competição. No mundial, porém, pouco conseguiu fazer para evitar a conquista do Borussia Dortmund. Também conquistaria o Campeonato Mineiro naquele ano.


Seus dois últimos anos pela Raposa foram de histórias opostas. Em 1998, além de conquistar mais um título do Campeonato Mineiro, ajudou com suas defesas para que o time chegasse na decisão do Brasileirão, garantindo mais uma Bola de Prata, apesar da derrota para o Corinthians na final da competição. Em 1999 viveu uma polêmica com o clube, entrando em litígio judicial para que pudesse ir jogar no Milan e finalizando sua passagem em maio, sem ter entrado em campo no ano. 

No total, Dida atuou em 304 jogos defendendo a meta do Cruzeiro, sendo 287 jogos oficiais e outros 17 amistosos. É um dos maiores goleiros da história do clube, apesar da saída turbulenta. Esteve em atividade no futebol até 2015, quando pendurou as luvas jogando pelo Inter.
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