Com informações do GE.com
Foto: Getty Images
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Vinícius Júnior
O brasileiro Vinícius Júnior, do Real Madrid, se pronunciou nesta sexta-feira sobre a polêmica em que está envolvido por conta das recentes comemorações dançando e declarações racistas envolvendo seu nome. Em vídeo publicado nas redes sociais, o atacante de 22 anos relembrou outros momentos em que foi ofendido.
"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho nos olhos, haverá guerra". Tenho essa frase tatuada no corpo e tenho atitude na minha vida que transforma essa filosofia em prática. Dizem que felicidade incomoda. A felicidade de um preto brasileiro, vitorioso na Europa, incomoda muito mais. Mas a minha vontade de vencer, meu sorriso, meu brilho nos olhos são muito maiores do que isso. Fui vítima de xenofobia e racismo numa só declaração. Mas nada disso começou ontem", disse.
"Há semanas, começaram a criminalizar minhas danças. Danças que não são minhas. São do Ronaldinho, do Neymar, do Paquetá, do Pogba, do Matheus Cunha, do Griezmann e do João Félix. Dos funkeiros e sambistas brasileiros. Dos cantores latinos de reggaeton e dos pretos americanos. São danças para celebrar a diversidade cultural do mundo".
"Aceitem, respeitem ou surtem. Eu não vou parar. Não costumo vir publicamente rebater crítica. Sou atacado e não falo, sou elogiado e também não falo. Eu trabalho, e muito. Dentro e fora de campo".
O atacante foi alvo de racismo no programa "El Chiringuito" na TV espanhola, quando o empresário Pedro Bravo disse que Vini deveria "deixar de fazer macaquice". Após o ocorrido, surgiu a hashtag #BailaViniJr em apoio ao ex-Flamengo. O tema se tornou grande quando o meio-campista Koke, do Atlético de Madrid, afirmou que haveria uma confusão caso o brasileiro comemorasse dançando no clássico do próximo fim de semana.
"Desenvolvi um aplicativo para auxiliar a educação da criança de escolas públicas sem ajuda financeira de ninguém. Estou fazendo uma escola com o meu nome, e farei muito mais pela educação. Quero que as próximas gerações estejam preparadas como estou. Para combater racistas e xenofóbicos. Sempre tento ser um exemplo de profissional e cidadão. Mas isso não dá clique, não engaja em rede social. Então os covardes inventam algum problema para me atacar", continua.
"E o roteiro sempre termina com um pedido de desculpa. Ou um "fui mal interpretado". Mas repito para você, racista: eu não vou parar de bailar. Seja no sambódromo, no Bernabéu ou onde eu quiser. Com carinho e sorriso de quem é muito feliz, Vini Jr.", completou.
Durante toda a sexta-feira, o brasileiro recebeu muito apoio nas redes sociais. Muitos torcedores e importantes personagens, como Pelé, além de diversos clubes e a CBF se posicionaram em favor do atacante.
O astro do Real Madrid também recebeu mensagens de apoio por parte de companheiros da seleção brasileira, como Raphinha, Bruno Guimarães, e Neymar, que postaram nas redes sociais um incentivo para que o jogador siga com as comemorações.
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