Por Fabio Rocha
Foto: arquivo
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Há 58 anos, o Independiente da Argentina vencia pela primeira vez a Libertadores da América. Foi a quinta edição da competição, que tinha dominância uruguaia e brasileira até o momento, cada país com dois títulos. A equipe argentina começou a dominar o futebol sul-americano naquele 1964, depois do tão importante título internacional, e chegaria a sete conquistas.
A competição era completamente diferente do formato atual, participaram apenas 11 equipes. Apenas dois brasileiros participaram da competição, o Bahia e o Santos, a equipe baiana saiu na fase eliminar, após perder para o Deportivo Italia do Equador, já o Santos, como então campeão, entrou apenas na semifinal.
A equipe santista como era o atual Bicampeão, entrou na competição apenas na fase final por conta do regulamento. Na fase de grupos, o time da Argentina dominou no Grupo B, onde tinha o próprio Independiente, Millonarios e o Alianza Lima.
O Independiente passou com tranquilidade em seu grupo, com 7 pontos em 4 jogos, 3 vitórias e um empate. A equipe empatou apenas com o Alianza Lima fora de casa e ganhou todos seus outros confrontos, ainda teve algo peculiar naquela fase de grupo. Por conta das divergências entre a Conmebol e a Confederação Colombiana, a partida entre Millonarios e Independiente, na Colômbia, não aconteceu e foi dada vitória de 2 a 0 para o time Argentino.
Naquele antigo formato, só se passavam os primeiros colocados dos três grupos e o Independiente se classificava junto com o Nacional e o Colo-Colo. Nas semifinais, o Santos entrou para fechar os quatro semifinalistas da competição, para ver quem se classificou para as grandes finais.
O Independiente enfrentou o Santos e o Nacional jogou contra o Colo-Colo. A equipe brasileira e a uruguaia eram as grandes favoritas a chegar a mais uma decisão em busca de mais um título para ambas equipes, mas algumas coisas não aconteceram e os favoritos não ganharam.
Na semifinal foram dois jogos equilibrados entre Santos e Independiente, mas a equipe Argentina conseguiu vencer os dois jogos, tanto no Brasil quanto na Argentina. O primeiro jogo foi no Maracanã e acabou 3 a 2 para os visitantes e, em casa, a equipe venceu por 2 a 1.
O Santos não jogou com suas grandes estrelas, pois estavam viajando pelo mundo para atuar em alguns países. Mas mesmo assim houve algumas reclamações relacionada a arbitragem e, em 2014, a TV Argentina trouxe a tona um áudio telefônico entre Abel Gnecco, representante argentino no comitê de arbitragem da Conmebol e o ex-presidente da AFA, Julio Grondona, que dá a entender que comprar o árbitro da partida e os bandeirinhas. "Em 64, quando jogamos contra o Santos, ganhei o (árbitro) Leo Horn, que era holandês, com as duas bandeiras".
Porém, o famoso árbitro Leo Horn, não apitou em nenhuma das duas partidas e, sim, no primeiro jogo da final da competição, o que demonstra uma estranheza no áudio. Mas não houve uma comprovação de fato que houve essa manipulação dos árbitros de ambos os jogos.
Tirando isso, o Independiente passou a grande final contra o Nacional, que era o grande favorito a vencer novamente a competição. Porém, a equipe Argentina novamente se superou e conseguiu passar por cima das adversidades para se tornar campeão.
A primeira partida aconteceu no Uruguai, um jogo tenso e muito obrigado. O Independiente foi em busca de segurar a partida, para tentar trazer para sua casa com um bom resultado, com a intenção de definir o confronto com o apoio dos seus torcedores. O time Argentino conseguiu um ótimo resultado, segurou o 0 a 0 e deu muitas esperanças para o grande confronto de volta.
Jogando em sua casa, em Avellaneda, em 12 de agosto de 1964, a equipe do Independiente foi para cima em busca da vitória e, logo no primeiro tempo, conseguiu abrir o placar com o artilheiro da competição Mario Rodriguez. Após o gol, a equipe conseguiu segurar e esperar o apito final para se consagrar Campeão pela primeira vez da Libertadores.
Aquela equipe campeã entrou em campo no jogo final com: Santoro, Zerrillo, Rolan, Ferreiro e Acevedo (Mori); Maldonado e Bernardo; Mura, Luís Suárez, Mario Rodríguez e Savoy. Técnico: Manuel Giúdice.
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