A história do Prêmio Belford Duarte

Por Lucas Paes
Foto: Reprodução

Medalha do prêmio Belford Duarte

Criado em 16 de agosto de 1945 pelo antigo Conselho Nacional de Desportos, o prêmio Belford Duarte foi durante algum tempo uma honraria cedida a jogadores de futebol, sejam amadores ou profissionais, que passassem pelo menos 200 jogos e 10 anos sem serem expulsos durante suas trajetórias dentro dos campos. Além das medalhas (ouro para amadores e prata para profissionais) os atletas também recebiam um diploma e uma carteirinha que permitia entrada gratuita em qualquer estádio. 

A honraria, criada em 1945, passou a ser distribuída a partir de janeiro de 1946, tendo consistindo premiações entre aquele ano e 1981, cedendo a honraria a diversos jogadores desde o futebol amador ao profissional. As primeiras honrarias foram cedidas em 1955 e a partir de então foram várias até o primeiro final do prêmio em 1981. 

A CBF voltou a dar o prêmio a partir da 1995. A volta, porém, colocou uma nova condição na premiação, permitindo apenas que somente jogadores aposentadores solicitassem a premiação. A mudança objetivava evitar casos como o de Everaldo, que socou um juiz e pegou uma suspensão de um ano logo após receber o prêmio. Sima foi o primeiro a receber o prêmio após a reedição, em 2000.

O homem que dá nome ao prêmio foi José Evangelista Belford Duarte, maranhense e fundador da Associação Atlética Mackenzie College, o primeiro time de futebol fundado por brasileiros. Algum tempo depois, foi jogar no America, sendo um dos maiores nomes da história do clube, responsável pela mudança das cores para o vermelho e branco e entusiasta do clube e do futebol. Era um jogador de extrema lealdade e cavalheirismo, tendo inclusive denunciado um pênalti que ele mesmo cometeu em certa vez. Campeão Carioca em 1913, viajou o Brasil divulgando o America e ainda traduziu as regras do futebol para o português.


Outro prêmio Belford Duarte foi dado pelo Globo Esporte e pela Rede Globo ao jogador que recebesse menos cartões e cometesse menos faltas ao longo do Campeonato Brasileiro. Cedido em 2008 e 2009 a Ricardinho, do Vitória e Gilmar, do Náutico, respectivamente. Estas, porém, acabaram sendo as únicas edições da premiação.

Entre os jogadores que receberam o prêmio originalmente estão nomes conhecidos como Didi, craque da Seleção Brasileira da folha seca, Pepe, histórico jogador do Santos, Telê Santana, Félix, goleiro do Brasil na Copa do Mundo de 1970, Gylmar, goleiro de Santos e Corinthians, Vavá, craque vascaíno e até o chileno Sérgio Livingstone, que jogou a Copa do Mundo de 1950 no Brasil. 
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