19 dos 20 times da Série B do Brasileirão contam com sites de apostas como patrocinador

Foto: divulgação Tombense

Tombense é o único time da Série B sem ter casa de aposta como patrocinador

Os sites de apostas são hoje os principais patrocinadores do futebol brasileiro. Depois do Athletico Paranaense ser o último time na Série A a ter uma empresa do tipo estampada no uniforme, na Série B apenas um clube não tem patrocinador do tipo: o Tombense.

Este foi uma análise feita pelo Odds Scanner, indicando que apenas um time não possui uma parceria do tipo atualmente: a equipe mineira já citada anteriormente. Confira a seguir a relação de times e patrocinadores dessa temporada da Série B:

Bahia – Casa de Apostas.com
Brusque - Esporte365
CRB – Estrelabet
CSA – B1.BET
Chapecoense – Pixgold.net
Criciúma – Betfast.io
Cruzeiro – Pixbet
Grêmio – MrJack.bet
Guarani – Pixbet
Ituano – Pixbet
Londrina - Bet77
Náutico - Betnacional
Novorizontino - Betfast.io
Operário-PR - Dafabet
Ponte Preta - Pixbet
Sampaio Corrêa - Betsul
Sport - Betnacional
Vasco da Gama – Pixbet
Vila Nova - Betnacional

Além disso, o levantamento do Odds Scanner aponta que o Brasil supera qualquer outro país quando o assunto é patrocínio desse tipo de companhias - na Liga Portugal, 16 times de um total de 18 possuem um patrocinador do tipo.

Confira a seguir as ligas com mais patrocínios de casas de apostas:

1 - Brasileirão Série A (Brasil): 20 de 20 clubes
2 - Brasileirão Série B (Brasil): 19 de 20 clubes
3 - Liga Portugal (Portugal): 16 de 18 clubes
4 - Premier League (Inglaterra): 8 de 20 clubes
5 - Ligue 1 (França): 6 de 20 clubes
6 - Liga Profesional (Argentina): 6 de 28 clubes

Casas de apostas podem influenciar partidas de futebol? - Com o aumento da presença dos sites de apostas esportivas no país e, cada vez mais, dentro dos gramados por meio de patrocínios, existe uma crescente preocupação entre torcedores brasileiros de que essas companhias possam começar a influenciar os resultados dos jogos.

Um exemplo disso pode ser observado no Rio Grande do Sul. No final de julho, um jogo entre o Farroupilha e o Bagé, da 3ª divisão do Campeonato Gaúcho, terminou em 7x0 para o clube bajeense. Após a partida, Igor Padilha, jogador do Farroupilha, fez uma postagem anunciando o desligamento do clube, sugerindo que o jogo havia sido vendido.

A postagem, apesar de apagada, criou alvoroço nas redes sociais, e a Federação Gaúcha de Futebol (FGF) protocolou no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) um pedido de abertura de inquérito disciplinar desportivo para investigar a partida.

Enquanto o marketing dos sites de apostas cresce no Brasil, no Reino Unido a situação muda drasticamente. O governo britânico está revisando o conjunto de leis aplicáveis a estas companhias e deve proibir, a partir da temporada de 2023/24, patrocínios na frente das camisas dos clubes. Até o momento, 14 dos 20 clubes da Premier League não se mostraram contrários à medida.


“No Brasil, o setor das apostas esportivas começou a crescer recentemente, após a legalização em 2018, de forma que é improvável que comece a desacelerar tão cedo no país”, afirma Gonçalo Costa, CEO da Odds Scanner. “O que é possível, no entanto, é que o Brasil se inspire em países que já convivem há um tempo com as apostas e implemente rapidamente um conjunto de leis que observe também publicidade dessas companhias, principalmente no âmbito esportivo, de forma a evitar qualquer suspeita de influência nos jogos de futebol”.
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