Foto: Arquivo
O Gerente defendeu os quatro grandes clubes paulistas
Cláudio Christóvam de Pinho, popularmente conhecido também como O Gerente, estaria completando 100 anos de idade nesta segunda-feira, dia 18 de julho de 2022, se ainda fosse vivo. Além do fato de ter sido um grande jogador, o atacante também é lembrado por ser o primeiro atleta a defendido os quatro maiores clubes do estado de São Paulo.
Nascido em Santos, Cláudio apareceu no Alvinegro Praiano em 1940, com apenas 18 anos de idade. Em 42, acabou sendo convocado para defender a seleção paulista e também fez parte do elenco que conquistou o Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais daquela temporada. Era uma época difícil para o Peixe (os anos 40 foi um dos piores da história do clube), mas Cláudio se destacava.
Pouco tempo depois de jogar pela equipe do Santos, passou rapidamente no Palmeiras, time onde anotou o primeiro tento do Palmeiras, ex-Palestra Itália. Na oportunidade, o clube alviverde debutava o nome. Além disso, venceu o título estadual de 42. Na temporada seguinte, retornou ao Peixe, mas foi em 1945, que o Corinthians o contratou o atleta que se tornaria um dos maiores ídolos do clube alvinegro do Parque São Jorge. É, até os dias de hoje, o maior artilheiro da história do Coringão, com 305 gols marcados.
Pelo Timão, conseguiu ser o líder de um time excepcional que chegou a marcar um total de 103 gols no Campeonato Paulista de 1951. Aquele elenco contava com jogadores como Luizinho, Baltazar, Rafael, Simão e Carbone. Cláudio ficou marcado por ser um desportista rápido, habilidoso e um excelente cobrador de escanteios, faltas e pênaltis.
Quando teve a oportunidade de defender a seleção, não decepcionou e fez parte do grupo que conquistou o Sul-americano de 49. Não chegou a disputar Copas do Mundo, já que acabou sendo prejudicado pelo fato de que estas não ocorreram nos anos 40. Para os mundiais de 1950 e 1954, não foi convocado para jogar pela Amarelinha.
Em 50, o Gerente era um dos melhores pontas de lança do Brasil, juntamente de Tesourinha. Não foi convocado, apesar de Tesourinha ser cortado por uma contusão, já que foi preterido pelo treinador Flávio Costa, que chamou o lateral Alfredo do Vasco da Gama.
A derrota para o São Paulo na final do Paulista de 1957 marcou seu último jogo pelo clube alvinegro. Mas continuou no clube, assumindo o cargo de técnico do time. Demitido após 14 meses, aceitou um convite do Tricolor Paulista para retornar as atividades novamente como atleta, mas por um curto período, mais precisamente entre os anos 1959 e 1960. Com isso, Cláudio acabou sendo um dos poucos jogadores que defenderam os quatro maiores clubes paulistas.
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