Com informações do Lance! e Sport Buzz
Foto: arquivo
Escobar marcando o gol contra. 10 dias depois ele seria assassinado
Uma das páginas mais dolorosas movidas pelo fanatismo em torno de uma Copa do Mundo foi escrita há 28 anos. Dez dias após marcar o gol contra que custou a derrota por 2 a 1 da Colômbia para os Estados Unidos (na partida que causou a eliminação "cafetera" no Mundial de 1994), Andrés Escobar era morto a tiros em frente a uma discoteca em Medellín. Era 2 de jilho de 1994 Porém, as marcas deixadas pela partida precoce do zagueiro de 27 anos persistem entre os colombianos.
O futebol pode causar muitas alegrias na vida do torcedor. Vitórias marcantes, jogadores que se tornam ídolos, títulos emocionantes. Entretanto, infelizmente nem sempre as histórias têm finais felizes. A partida entre Estados Unidos e Colômbia pela Copa do Mundo no dia 22 de junho de 1994 poderia ter sido um jogo normal, mas um simples gol contra estava fadado para acabar com a carreira e a vida de um jogador em ascensão.
Andrés Escobar, zagueiro de 27 anos da Colômbia, tentava impedir o cruzamento dos adversários americanos, quando acabou mandando a bola para o fundo das redes do goleiro Óscar Córdoba. A segunda derrota do país na fase de grupos, que havia perdido o primeiro jogo para a Romênia, causou com que a Colômbia fosse eliminada da Copa do Mundo de 1994. Dez dias depois, Andrés Escobar foi assassinado a tiros em frente à uma discoteca em Medellín.
O acontecimento apenas mostrava mais uma das faces violentas que a Colômbia vivia na época. Tomado pelo narcotráfico, o país vivia uma das épocas mais obscuras, onde a violência era vista toda hora em todos os lugares.
No dia 2 de julho de 1994, após retornar à Colômbia com o fim de sua jornada na Copa do Mundo, Andrés Escobar foi vítima de insultos vindos de três homens e uma mulher em uma discoteca em Medellín, que reclamavam de seu gol contra. Mesmo tendo pedido respeito, El Caballero del Fútbol, como era conhecido, foi assassinado com tiros na cabeça, disparados por Humberto Muñoz Castro.
Muñoz Castro era guarda-costas e motorista dos irmãos Pedro e Juan Santiago Gallón Henao, dois traficantes de drogas e também suspeitos da morte de Andrés Escobar que insultaram o jogador na discoteca. O autor do crime nunca chegou a comprovar a motivação do assassinato, mas supõe-se que o gol contra marcado por Andrés Escobar seja um dos motivos. As apostas eram muito comuns na época, e os narcotraficantes sempre foram ativos nessa atividade.
Humberto Muñoz Castro foi condenado a 43 anos de prisão, mas acabou sendo solto em 2015 por bom comportamento. Já os irmãos Gallón foram condenados a 15 meses por acobertarem o assassinato. Entretanto, pagaram a fiança de 1 milhão de pesos e seguiram livres.
Andrés Escobar iniciou a carreira no Atlético Nacional, teve uma curta passagem pelo Young Boys, da Suíça, mas retornou ao clube colombiano, onde se tornou ídolo. Conquistou o campeonato nacional a Copa Interamericana e a Copa Libertadores.
A família de Andrés, liderada pelo banqueiro Dario Escobar, fundou o Projeto Andrés Escobar após a morte do jogador. A organização ajuda crianças carentes a ingressarem no futebol, podendo até ter um futuro no esporte.
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