Foto: divulgação Ceará SC
Karen acredita em bom resultado no clássico contra o Fortaleza
A equipe do Ceará iniciou sua caminhada em busca do acesso à elite do futebol feminino da melhor forma possível: fora de casa, elas aplicaram uma goleada por um placar de 5 a 0 no Botafogo. Já de página virada e sem se iludir com o bom início, as alvinegras seguem no preparo para, no próximo domingo (19), receberem as rivais do Fortaleza no Brasileirão Feminino A2.
Experiente e uma das grandes referências da equipe, a zagueira Karen ressalta a importância de um bom início para a confiança do grupo, mas afasta qualquer sombra do jogo passado: “Jogamos contra o Botafogo, fizemos cinco gols, mas agora é outro jogo, outra atmosfera. Temos que colocar os pés no chão e entender que cada jogo é um mata-mata, encarar como uma final, ainda mais contra o rival. Estamos focadas para que o resultado seja positivo, mas sem se enganar. O próximo jogo é uma nova história e temos que fazer com que tudo dê certo”.
Sendo um dos maiores clássicos do Brasil, Ceará x Fortaleza movimenta paixões e tem sempre um clima especial. No futebol feminino, não poderia ser diferente. O Clássico-Rainha contará com presença de torcida na casa do Vôzão para apoiar as meninas e torcer pelo bom resultado. Karen ressalta a importância da disputa e a grandeza do confronto.
“Se tratando do Clássico-Rainha, é uma atmosfera completamente diferente. Vamos jogar na nossa casa, com a nossa torcida, teremos todo o apoio e estrutura para que possamos fazer um grande jogo e ter o resultado positivo. Sabemos que é um clássico e que o jogo é decidido por detalhes. Estamos focadas no que é o nosso objetivo principal, que é o acesso e por isso temos que ter força, vontade, ser um time aguerrido, independente do adversário que estiver do outro lado.”
Iniciada com um mês de atraso e completamente reformulada, a Série A2 tem em 2022 um formato com grupos regionais. Para a defensora do Vôzão, o regulamento desestimula a competitividade em nível nacional e demonstra uma falta de carinho dos organizadores com a categoria.
“A CBF demorou muito tempo para organizar a competição e esse formato regional acabou prejudicando as equipes que são do mesmo estado. Os clássicos são importantes, mas ficamos com a impressão de que não estamos disputando algo em nível nacional e sim estadual. Teremos o clássico e esperamos que sejam sempre grandes jogos, mostrando a força do Nordeste e dos outros estados, com todas as equipes dando seu melhor. Ainda assim, sinto que os organizadores poderiam ter olhado com mais carinho e atenção para a categoria.”
Karen ainda ressalta a importância da valorização do futebol feminino e do trabalho em conjunto para que se tenha uma evolução, mesmo com um regulamento desfavorável. “Estamos todos trabalhando, lutando, cada um buscando seu espaço. Deveria ter um carinho e um respeito maior com as equipes, mas vamos buscar fazer o melhor da forma como as coisas são. A importância maior daqui para a frente é fazer o futebol feminino ser visto e exaltado da melhor forma possível. O caminho que temos para isso é fazendo grandes jogos, trazendo público, trazendo a mídia e tentando fazer isso ser revertido em recursos para que sejamos respeitadas em nível nacional”, finaliza.
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