Com informações da FPF
Foto: arquivo
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Jogadores do Palmeiras comemorando o título
Desde 1993, o 12 de junho tem um significado especial para os torcedores do Palmeiras. É o dia que marcou a conquista do Paulistão depois de quase 17 anos sem títulos, com uma goleada de 4 a 0 sobre o Corinthians, maior rival, e que deu o pontapé inicial a uma das eras mais vitoriosas do time.
Para esta temporada de 1993, o sistema de disputa da competição seria mantido, porém com mais um acréscimo no número de participantes e a tentativa da FPF em ajustar o calendário para o ano seguinte. Com uma verdadeira seleção em campo, chegou a vez de a torcida palmeirense voltar a comemorar uma conquista importante depois de 16 anos de imenso jejum.
Ainda em três fases e dividido por módulos como nos últimos anos, o Paulistão de 1993 tinha agora 30 equipes. 16 delas alocadas no Grupo A, o mais forte, e as outras 14 no Grupo B. Da primeira chave se classificariam seis times, enquanto outros dois sairiam do segundo grupo para a disputa do quadrangular semifinal, que garantia aos dois vencedores fazer a decisão do título.
Mazinho e Zinho estiveram na decisão do título com a camisa palmeirense e, um ano depois, seriam titulares da Seleção Brasileira tetracampeã do Mundo. César Sampaio e Edmundo, também titulares do Palmeiras na decisão, fariam parte do time vice-campeão do Mundo na Copa de 1998, sendo o primeiro titular absoluto. Roberto Carlos foi titular nas Copas de 1998, 2002 e 2006, sendo pentacampeão mundial ao lado de Edilson. Além deles, Antônio Carlos e Evair vestiram a camisa amarela em diversas oportunidades e tiveram seus nomes solicitados em mais de uma Copa do Mundo ao longo de suas carreiras.
Oito nomes que conduziram o Palmeiras ao 19º da história, encerrando um jejum de conquistas que perdurou por 16 anos. Alguns promissores e outros já consagrados, a chegada destes jogadores só foi possível pela cogestão com a Parmalat no futebol palmeirense. A empresa de laticínios italiana se especializou em comprar o passe de jogadores jovens que poderiam se valorizar e render enorme lucro no futuro. Para dar suporte a estes jogadores, outros com mais tarimba foram incorporados ao elenco.
Sob o comando do também promissor, mas já vitorioso Vanderlei Luxemburgo, o time do Palestra Itália liderou o Grupo 1 com folga, se classificando com cinco pontos de vantagem para São Paulo, Corinthians e Santos, em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente. Guarani e Rio Branco se somavam a Novorizontino e Ferroviária, oriundos do Grupo 2.
No quadrangular semifinal o Palmeiras sobrou diante do Guarani, Ferroviária e Rio Branco, vencendo todos os seis jogos, somando 13 pontos com o de bônus que tinha pela melhor campanha na fase anterior. Na outra chave, Santos, São Paulo e Corinthians fizeram uma disputa acirrada pela vaga na decisão.
Vitorioso, o time do Parque São Jorge ganhou a dura missão de frear o ímpeto palmeirense que ansiava pelo título. Porém, o alvinegro também tinha suas armas, especialmente no ataque. Ronaldo e Neto tiveram passagens discretas pela seleção, mas Paulo Sérgio e Viola estiveram no grupo tetracampeão do mundo na temporada seguinte e fariam de tudo para endurecer a disputa com o arquirrival.
Viola, principalmente. O irreverente atacante corintiano roubou a cena quando em 6 de junho saltou aos 14 minutos do primeiro tempo para alcançar uma bola que parecia impossível. Sem ângulo, conseguiu tocá-la e marcar o gol da vitória alvinegra na primeira decisão. Na comemoração, a imitação de um porco irritou os palmeirenses. Festa preta e branca no Morumbi.
Mas aquele ano era verde. Passada a metade do primeiro tempo, em 12 de junho, o Palmeiras iniciou a contagem com Zinho, marcando aos 36. O resultado era suficiente para levar a decisão à prorrogação, mas Evair e Edilson ainda marcaram aos 29 e 38 minutos da segunda etapa. Embalado pelo ótimo placar obtido no tempo normal, Evair sacramentou a conquista alviverde com gol aos 10 minutos do primeiro tempo da prorrogação.
Era só o início da festa alviverde que, em agosto, comemorou também diante do rival o título do Torneio Rio-SP, que voltava ao calendário. Mais tarde, em dezembro, seria a vez de levantar o troféu do Campeonato Brasileiro depois de quase 20 anos.
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