Com informações do Lance!
Foto: arquivo
O time do Bahia campeão
Em 19 de fevereiro de 1989, o Bahia empatou com o Internacional, por 0 a 0, em Porto Alegre, e levou o caneco do campeão brasileiro de 1988 para a “Boa Terra”. Desde 1959, quando conquistou a I Taça Brasil, o “Tricolor de Aço” não fazia algo assim e já equiparado, pela Confederação Brasileira de Futebol-CBF como um “Brasileirão”.
Por aquele final de década, o craque do time era o meia Bobô, que chegou à Seleção Brasileira e passou por times como São Paulo, Corinthians, Flamengo e Fluminense. Mas o” matador” era Charles, autor de 18 gols naquela disputa, quando outra fera foi o atacante Zé Carlos, depois do pernambucano Nado, em 1966, o primeiro nordestino que jogava na região a ser chamado pelo escrete canarinho.
O time campeão do Bahia foi montado por Evaristo de Macedo, antigo craque do Flamengo e que, no currículo, tem passagens pela Seleção Brasileira, o Barcelona e o Real Madrid, além de ser o atleta que mais gols marcou em uma só partida usando a jaqueta do escrete nacional: cinco.
No Brasileirão-1988, as fases classificatórias tiveram disputa por pênaltis, em jogos encerrados com empates. Na última rodada do turno, o Bahia recebia a Portuguesa, em casa, enquanto o Grêmio encarava o Goiás. O Grêmio precisava perder e o Bahia vencer para se classificar. Contudo, com empate sem gols com a Lusa, nem a vitória nos pênaltis por 5 x 4 classificou o time, já que o Grêmio vencera o Goiás por 2 x 0. Assim, o Tricolor teria que melhorar no 2° turno, jogando contra times do mesmo grupo. O Vasco foi primeiro da chave, com 27. O Grêmio ficou um ponto à frente do Bahia (lembra das disputas de pênalti perdidas?).No returno, o Bahia melhorou muito e garantiu vaga à próxima fase.
O Vasco venceu o segundo turno com 27 pontos, mas como estava classificado, deu vaga ao Cruzeiro, segundo colocado, com 23 pontos. A segunda vaga ficou, então, om o clube de melhor campanha, somados os dois turnos. E, mesmo a um ponto atrás do Corinthians, o Bahia ficou com a vaga, pela melhor campanha: 44 pontos, contra 32 dos corintianos.
Para as quartas de final, os clubes foram separados por campanhas. O 1° pegava o oitavo, o 2° o 7° e, por aí rolava. A melhor campanha valia , ainda, a vantagem de empate após prorrogação no segundo jogo.
O Bahia foi o quarto e o rival da nova etapa foi o Sport, quinto colocado e passado pra trás, após 1 x 1 fora e 120 minutos de nova igualdade, em Salvador. O Bahia estava nas semifinais, para eliminar o Fluminense, que havia tirado o Vasco da Gama. E voltou a jogar com a vantagem do empate, após 0 x 0 no Maracanã. Na Fonte Nova, levou o maior público do torneio, 110.438 almas e derrubou, também, os cariocas.
O Bahia, então, foi para as finais, contra o Inter, dono da segunda melhor campanha do torneio. Segundo o atacante Marquinhos Bahia, na final, eles se surpreenderam com tanta macumba deixada pelos gaúchos à entrada do vestiário dos baianos. No jogo da ida, na Fonte Nova, com 2° maior público do torneio (90.508 torcedores), o Bahia venceu, de virada, por 2 x 1.Na volta, no Beira-Rio, com mais de 79 mil torcedores, um empate em 0 x 0 garantiu o título nacional ao Tricolor Baiano, já em fevereiro de 1989. O Senhor do Bom Fim anulou a macumba do Negrinho do Pastoreio. Oxente, tchê!
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