Há 20 anos, Vavá ia jogar no time dos eternos

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Vavá marca gol na Copa do Mundo de 1958

Há 20 anos, no dia 19 de janeiro de 2002, no ano que seria do quinto título da Copa do Mundo, o Brasil perdia um de seus grandes jogadores, o meia-atacante Vavá. O eterno craque do primeiro título mundial verde e amarelo e destaque também no segundo nos deixou com apenas 67 anos. Além do título mundial pela Seleção, o pernambucano teve também uma enorme carreira por clubes, tendo passagens inclusive pelo futebol espanhol.

Destaque na base do Sport, onde foi campeão estadual juvenil, Vavá foi jogar profissionalmente pelo Vasco, que o contratou quando este tinha 18 anos. Pelo Cruzmaltino, explodiu e se tornou um dos grandes destaques da equipe, virando atacante e artilheiro. Marcou 191 gols ao longo de seis anos jogando com a camisa vascaína. Foi como jogador do clube carioca que foi a Copa do Mundo de 1958, depois de já ter certa experiência com a Amarelinha.

Na Suécia, apesar de inicialmente ser reserva de Mazzola, foi alçado aos titulares e passou a ser um dos destaques do time, marcando cinco gols ao longo do torneio. Foi, ao lado de Mané Garrincha e de um ainda jovem Pelé o destaque de uma Seleção Brasileira que deu show para conquistar seu primeiro título mundial. Marcou dois gols na decisão, vencida pelos Canarinhos por 5 a 2 diante da Suécia.

Depois da Copa do Mundo, desembarcou na Espanha, onde fez sucesso atuando pelo Atlético de Madrid. É um dos grandes nomes brasileiros da história Colchonera. Foi pelo time da capital espanhola bicampeão da Copa do Rei e artilheiro de uma Liga dos Campeões. Deixou o Atleti para voltar ao Brasil e ter a chance de ir a outra copa, numa época onde a seleção só convocava quem atuava no país. Fez 40 gols em 81 jogos em três ótimos anos em Vicente Calderón.

Voltou ao Brasil para atuar pelo Palmeiras. No Verdão, rapidamente se tornou destaque, sendo um dos craques dentro do timaço da Academia, que batia de frente (e era um dos poucos que conseguia isso) com o Santos de Pelé. Convocado a Copa do Mundo de 1962, foi novamente um dos destaques brasileiros. Favoritos, os Canarinhos perderam Pelé por lesão depois do primeiro jogo, mas Garrincha, Vavá e Amarildo então se tornaram os destaques, fazendo do time campeão contra a Tchecoslováquia, com o "Leão de Copa" mais uma vez marcando na decisão.


Voltou ao Verdão depois do Mundial, sendo campeão paulista em 1963 com a camisa alviverde. Deixou o clube ao final daquele ano para atuar pelo América, do México e ainda jogou pelo Toros Neza, antes de desembarcar nos Estados Unidos já em 1968. Encerrou sua carreira no ano seguinte atuando pela Portuguesa Carioca. 

Tentou a carreira de treinador após pendurar as chuteiras, mas não conseguiu grande destaque. Seu falecimento, em 2002, ocorreu devido a um infarto. Dono de enorme qualidade e faro de gol, Vavá é considerado até hoje um dos maiores nomes da Seleção Brasileira, pela qual fez 15 gols em 20 jogos. Estará marcado para sempre na história da Amarelinha. 
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