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Lucas Brando chegou no SKA Brasil no final de 2021
O SKA Brasil entra em 2022 com novidades. Logo de cara, participará pela primeira vez da Copa São Paulo de Juniores e depois volta as atenções, além da base, é claro, para a disputa do Campeonato Paulista da Segunda Divisão, jogando pela primeira vez em Santana de Parnaíba, depois de ter ficado fora do futebol profissional em 2021 e ter atuado em 2020 ainda em Osasco, sede da antiga administração do clube.
Para esta temporada que se inicia, o SKA Brasil pretender ter sucesso nas competições que disputará. Conversamos com o executivo de futebol do clube, Lucas Brando, que em 2021 esteve no XV de Jau, e ele fala das perspectivas da equipe de Santana de Parnaíba para 2022.
O Curioso do Futebol - Como foram as conversas para você ser contratado pelo SKA Brasil?
Lucas Brando - O nosso presidente Edmilson, sempre foi muito gentil e solícito comigo. Estive em contato com ele em algumas ocasiões quando trabalhei no Audax e no XV de Jaú, que são clubes que possuem uma conexão com ele. Temos muitos amigos em comum e pensamos o futebol de modo muito parecido. Assim que encerrou a temporada do XV de Jaú, conversamos e decidimos somar as nossas forças e ideias em prol do ambicioso projeto que ele lidera.
OCDF - Você fez um bom trabalho no XV de Jaú, sendo a sensação na primeira fase. O objetivo final não acabou vindo, mas o que tira de lição de sua passagem no Galo para usar no clube de Santana de Parnaíba?
LB - Realmente foi um duro golpe o revés que sofremos no XV de Jaú. Lideramos com protagonismo e excelência o grupo mais dificil da competição, que teve duas equipes semifinalistas e a maior quantidade de equipes com alto investimento em contratações. A lição que eu levo é de planejar as situações previamente. Eu sempre tive esse pensamento e o meu histórico profissional demonstra isso. Contudo, duas situações acabaram modificando o andamento do processo:
- A primeira foi iniciar o planejamento e a montagem com um treinador e antes do inicio dos trabalhos, perder esse treinador para uma equipe que disputou o Paulistão. No processo de prospecção de um outro treinador, tivemos uma grata surpresa. Identificamos um treinador com ideias, trabalhos e vivências de um nível de mercado superior ao contexto de competição que o clube disputa. E tivemos uma aceitação rápida e positiva. Todavia, cada treinador tem suas ideias e especificidades e isso nos exigiu rever algumas decisões e replanejar a periodização da pré temporada;
- A segunda foi iniciar com um orçamento e no decorrer da pré temporada ter o orçamento modificado. 2021 foi um ano de incertezas financeiras e operacionais por conta da pandemia. Com isso, o clube planejou um baixo orçamento para contratações e na parte final da pré temporada esse orçamento foi ampliado. Isso gerou mobilização interna para contratações e dispensas, faltando pouco tempo para o inicio da competição. Os atletas que chegaram faltando praticamente 1 mês para o inicio da competição elevaram consideravelmente o nível da equipe. Porém, tiveram muito menos tempo de conteúdo e condicionamento físico, uma vez que participaram apenas do final da pré temporada. Se pudessemos contar com eles desde o inicio da pré temporada, com certeza teríamos uma força coletiva ainda maior. Se tivessemos o orçamento que tivemos desde o inicio, alguns atletas que foram procurados e acertaram com as equipes que obteram o acesso, teriam somado ainda mais qualidade ao nosso elenco;
Eu entendo essas duas situações como fatalidades, que não estavam no nosso controle. E levo a lição de fomentar internamente, o planejamento de variáveis que podem ocorrer em um cenário de pandemia. A pandemia mudou o andamento de todo o mundo e nunca antes foi vivida dessa maneira, para que pudessemos ter um paremetro de como proceder. No Ska temos um orçamento pré estabelecido, um planejamento de variáveis, pré contratos firmados com atletas e um protocolo de chegada para atletas que disputarão competições no inicio do ano e podem chegar ao final da pré temporada. Acredito que esses mecanismos, somados à estrutura do clube e ao mesmo nível de exigência e critérios que utilizei na montagem do elenco do XV de Jaú, podemos ter perspectivas muito interessantes na competição.
OCDF - Logo de cara, o SKA Brasil tem pela frente a Copinha. Qual o objetivo do clube na competição?
LB - O processo da Copa São Paulo está sendo conduzido com muita excelência pelo experiente treinador Nogueira Jr e sua comissão, sob liderança do nosso coordenador técnico, Eduardo Andriatti que faz um trabalho metodológico incrível. Pra mim essa excelência na formação é o grande diferencial do clube. Quando se trata de um projeto com a magnitude do FC Ska Brasil, é impossivel pontuar apenas um objetivo. O primeiro objetivo com certeza é a formação de atletas para a nossa equipe profissional e para o mercado. Tenho plena convicção que após o encerramento da Copa SP, teremos a ascensão de atletas para a nossa equipe principal e clubes maiores vindo buscar atletas formados por nós. Um segundo objetivo que eu vejo com muita perspectiva e entusiasmo, é ter uma aproximação com a população de Santana de Parnaiba. A atmosfera da Copa SP, é diferente de qualquer outra competição. O clube nasceu em meio à pandemia e vai ter na Copa SP, o seu primeiro contato com o público local. Estamos muito animados e ansiosos para esse momento.
OCDF - A estrutura do SKA Brasil é elogiada por todos que a conhecem. Como é essa estrutura e como ela a ajuda no trabalho dos profissionais?
LB - Nosso CT é realmente espetacular. Nos oferece diversas ferramentas que ajudam demais na condução do processo cotidiado.
O Ska é um clube emergente, que nasceu com uma estrutura que pouco clubes possuem e uma formativa/conceitual. Vejo muitas semelhanças com clubes como o Audax, o Red Bull e o Desportivo Brasil. Entretando, eu vejo duas vantagens competitivas do FCSB em relação aos clubes citados:
- Contar com a experiência, networking e visão de negócio do pentacampeão Edmilson;
- Já nascer tendo à sua disposição, um estádio impecável para mando de jogos.
OCDF - E para a Segunda Divisão de 2022? O que esperar do SKA Brasil?
LB - Eu vejo muitas perspectivas de sucesso e vantagens competitivas no FCSB:
- A primeira delas é contar um excelente treinador, que eu sempre quis trabalhar junto. O professor Leandro Melich tem muito conteúdo e know how para conduzir esse processo da Segunda Divisão. Pensamos o futebol de modo geral, de modo muito semelhante. Fico muito tranquilo em ter um cara como ele do meu lado;
- A segunda é a montagem do elenco. O chegar no clube e ver tantos atletas qualificados, me deixou muito animado. O nível de atletas remanescentes e que retornam de empréstimos é muito relevante e nos faz já começar com a “régua alta”. Os atletas da categoria Sub 20 também nos dá perspectivas muito animadoras. O meu trabalho no XV de Jaú foi muito bom nesse sentido, pela maioria dos atletas que se destacaram serem mais novos (nascidos em 1999 e 2000). Mesmo não tendo os 23 anos completos, eles foram a sensação da 1ª fase. Estamos conseguindo contratar a maioria absoluta deles e em 2022 eles enfrentarão atletas mais novos do que enfrentaram em 2021. Isso também se aplica para outros atletas que se destacaram na competição nesse ano e já estão com pré contrato firmado conosco;
- A terceira é a condução do processo. Pensamos em tudo que pode ser explorado como vantagem. Iremos utilizar a periodização de trabalhos, relatórios de controle, analise de desempenho, fisiologia integrada e outras ferramentas, para maximizar ainda mais as chances de êxito;
- E por último, o nosso fator casa. Sabemos que o nosso estádio tem suas especificidades, como por exemplo a grama sintética. Sem dúvidas, isso dificulta bastante para os adversários que em grande maioria, não são habituados em jogar nesse tipo de “piso”. Além disso, permite com que a bola role com velocidade e qualidade, o que é bastante compativel com as ideias do treinador e com a metodologia do clube.
OCDF - Deixamos o espaço para o seu recado
LB - Agradeço pelo espaço e pela procura em evidenciar o trabalho que estamos desenvolvendo. É um privilégio fazer parte de uma equipe de trabalho com tanta gente promissora e especial.
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