Com informações da Conmebol
Comemoração após a virada histórica sobre o Atlético Mineiro
Há situações em jogos de futebol que parecem tiradas de uma história ou um filme. Essas circunstâncias que, ao vê-las no cinema ou em um livro, parecem apenas propriedade da ficção. Mas este esporte é tão maravilhoso. Por coisas como as que ocorreram na terça-feira, 19 de dezembro de 1995, no estádio do Rosario Central, que está completando 132 anos de fundação neste 24 de dezembro, onde o time da casa conquistou a Copa Conmebol ante o Atlético Mineiro, consumando uma remontada incrível.
Uma semana antes a primeira partida foi disputada no Brasil e lá a equipe de Belo Horizonte mostrou no resultado uma enorme superioridade, consumada no 4 a 0 final, com gols de Ezio, Cairo, Paulo Robero e Silva. Como era lógico supor, parecia assunto concluído, história selada, apesar de que o futebol sempre guarda um espaço para a surpresa, este não parecia ser o caso.
Parecia que essa derrota esmagadora ofuscava o excelente curso que tinham cumprido ali os homens liderados pelo sábio veterano de mil batalhas, com sangue azul e amarelo nas veias, chamado Angel Tulio Zof. A campanha do Central tinha sido extraordinária, vencendo os seis jogos desde a estreia e as semifinais: 3 a 1 e 2 a 1 sobre Defensor Sporting; 2 a 0 e 3 a 1 no Cobreloa; 2 a 0 e 3 a 1 sobre o Atlético Colegiales.
O marco do estádio "Gigante de Arroyito" naquela noite era sensacional, com uma torcida que parecia transmitir aos seus jogadores uma sábia renovada. Aos 22 minutos veio a abertura quando Ruben Da Silva definiu na área, depois de um cruzamento de Ordonez. 15 minutos mais tarde, veio o segundo com um tiro de Carbonari (um dos defensas) que escorregou entre as mãos de Taffarel. O primeiro tempo não ia ficar sem outra emoção sem par: o grande Ruben Da Silva tomou uma bola para a entrada da área passando para Martin Cardetti, que entrou pela direita e venceu o goleiro com um disparo rasteiro. Era o 3-0 e uma ilusão que crescia no ritmo dos gols.
Todos imaginavam um segundo tempo com o time da casa atropelando para os visitantes, mas estes souberam como acalmar o contra-ataque rival, com o talento de Doriva, deixando os nervos devorar a equipe argentina. Mas a proeza aconteceu apenas dois minutos do final, quando o lendário Omar Palma efetuou um cruzamento onde Carbonari marcou de cabeça, para o estalar da metade da cidade de Rosario e realizar a façanha de vencer por quatro gols e forçar o jogo aos pênaltis.
E ali, com o estádio transformado em uma caldeira, Central abraçou a glória, porque os dois primeiros executantes do Atlético Mineiro (Doriva e Leandro) desviaram suas execuções, deixando a estrada asfaltada até o título, que culminou com o pênalti de Ruben Da Silva. Foi a primeira Copa Conmebol para o futebol argentino e será sempre lembrada, como a façanha inigualável do Rosario Central.
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