Fotos: arquivo
As duas semifinais daquele 9 de dezembro de 2001: jogo único
O mata-mata que existia no futebol nacional poderia até não ser justo, mas as partidas, normalmente, eram emocionantes. Em 2001, parte dessas eliminatórias eram em confronto único e no dia 9 de dezembro daquele ano, há exatos 20 anos, São Caetano e Atlético Mineiro, de um lado, e Atlético Paranaense e Fluminense do outro, buscavam a vaga na decisão.
Naquela época, o regulamento do Brasileirão mudava quase todo ano. Em 1998 e 1999, o mata-mata foi realizado no sistema de play-off, em melhor de três jogos. Em 2000, com a Copa João Havelange, voltou ao sistema de ida e volta. Em 2001, por conta do calendário apertado, a CBF mudou novamente o regulamento e resolveu fazer as quartas e semfinais em confronto único.
Naquele 9 de dezembro, no Anacleto Campanella, o São Caetano, que havia eliminado o Bahia nas quartas, na prorrogação, e tinha a melhor campanha de toda a competição, recebia o Atlético Mineiro, que havia passado pelo Grêmio. Já o Furacão jogava em seu estádio, a Arena da Baixada, tinha passado pelo São Paulo nas quartas, e iria enfrentar o Fluminense, que havia batido a Ponte Preta. E as semifinais tiveram dois jogos emocionantes.
No Anacleto Campanela, o São Caetano começou melhor, mas uma chuva começou a cair ainda no primeiro tempo e o Galo abriu o placar, com Valdo, contando com um leve desvio da defesa do Azulão, aos 18 minutos de jogo.
Com poucos minutos, a chuva virou um dilúvio e o campo ficou encharcado. Porém, aos 29', o centroavante Magrão empatou. No segundo tempo, o São Caetano foi com tudo para cima, mesmo com as poças d'água, e virou aos 33', novamente com Magrão. Os 2 a 1 classificou o Azulão para a final.
A Arena da Baixada também foi palco de um jogaço! Mesmo atuando fora de casa, o Fluminense abriu o marcador com Magno Alves, aos 44 minutos. No segundo tempo, o Furacão foi para cima e empatou aos 3', com Alex Mineiro, que virou o marcador aos 24'.
Mas o jogo ainda estava em aberto. Magno Alves, aos 29' minutos, deixou tudo igual novamente. Quando todos imaginavam que a definição da vaga na final iria para as penalidades, Alex Mineiro foi às redes novamente, aos 44 minutos, e colocou o Atlético Paranaense na final.
Na decisão, única etapa do mata-mata daquele ano que foi em ida e volta, mesmo com o São Caetano tendo a vantagem de definir em casa e jogar pelo empate, por conta da melhor campanha, o Atlético Paranaense venceu os dois jogos e conquistou o título. Mas isto é uma outra história.
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