A história de Mauricinho com o Vasco da Gama

Por Lucas Paes
Foto: Arquivo

Mauricinho atuando pelo Vasco na Libertadores

O habilidoso ponta Maurício Poggi Vilela, mais conhecido pelo apelido de Mauricinho, que está completando 58 anos neste dia 29, foi um dos grandes jogadores que passou pelo Vasco nos anos 1980 e 1990. O paulista de Ribeirão Preto se tornou ao longo de três passagens um dos grandes ídolos do Cruzmaltino, ficando conhecido como o "Pequeno Rebelde", pela apaixonada torcida do time carioca.

Ele chegou pela primeira vez em São Januário em 1984, vindo do Comercial de Ribeirão Preto e depois de ser campeão mundial sub-20 com a Seleção Brasileira. Rápido e habilidoso, não demorou para cair nas graças da torcida devido ao inferno que produzia para os laterais que tinham a infeliz missão de marca-lo. Ajudou no seu primeiro ano o time da Colina a chegar a final do Brasileirão, onde foram derrotados pelo absurdo time do Fluminense. Seguiu como uma das referências do time nos anos seguintes, com jogadas rápidas e alguns gols.

Seria só no biênio 1987 e 1988 que conquistaria os primeiros títulos com a camisa vascaína, sendo um bicampeonato carioca. Foi em 1988 que viveu um dos piores momentos jogando pelo Vasco, quando acabou se lesionando de maneira séria num jogo contra o Fluminense, em uma entrada de um jogador do Tricolor Carioca. Deixaria São Januário ao fim daquele ano, passou uma temporada no Palmeiras e depois se aventurou no futebol espanhol, aliás, no Espanyol mesmo, e no português, defendendo o Louletano.

Retornou ao Vasco em 1991, porém não conseguiu naquele ano ser grande destaque para o time da Colina. Havia perdido boa parte da velocidade e habilidade após a lesão em 1988 e não havia recuperado ainda o bom futebol. Sem conseguir convencer muito, mas sem perder o respeito da torcida cruzmaltina, acabou se transferindo ao Bragantino, que obviamente ainda não pertencia a Red Bull na época.

Sua última passagem pelo Vasco viria em 1997. Já experiente, foi contratado para fazer parte do elenco de um dos melhores, se não o melhor time que os vascaínos já tiveram. Nessa segunda passagem, se tornou um reserva de luxo que costumava entrar bem nos jogos. Foi uma excelente adição de experiência para ajudar no desenvolvimento de alguns jovens daquele time absurdo. Foi parte importante da conquista do Brasileirão de 1997.


Em 1998, entrou algumas vezes durante a campanha do título da Libertadores, inclusive na foto que ilustra este artigo, no jogo diante do América, do México. Foi o último grande título dele pelo Vasco, fechand com chave de ouro a passagem dele pelo time carioca. Ainda esteve no clube durante o ano de 1999, antes de se transferir ao Comercial e encerrar sua carreira profissional, jogando pelo Comercial. Pelo Vasco, segundo o Ogol, foram 307 jogos e 42 gols.
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