Foto: Arquivo
Muricy comemorando título pelo Shangai Shennua
Hoje aposentado da casamata, Muricy Ramalho, que está completando 66 anos neste dia 30 de novembro, foi enquanto em atividade um dos maiores treinadores da história do futebol brasileiro e sul-americano. Dono de diversos títulos, com um enorme sucesso no Brasileirão de pontos corridos por São Paulo e Fluminense e desbravador da Libertadores pelo Santos, o homem do "Aqui é trabalho" teve uma experiência no futebol chinês, treinando o Shangai Shennua.
Muricy passou pela China muito antes de ser "moda" e do país ter um futebol endinheirado como atualmente. Era ainda um treinador em início de carreira que havia se destacado no comando do "Expressinho Tricolor" da Copa Conmebol de 1994. Assumiu o time principal entre 1996 e 1997, sem muito sucesso e passou então pelo Guarani, antes de desembarcar no clube chinês, no distante ano de 1998.
Chegou ao time chinês já mexendo na "estrutura" toda do futebol profissional, que se hoje não tem tantos problemas como em outros tempos, na época era completamente ultrapassada. Muricy tratou de deixar de lado os treinamentos de subida e descida de arquibancada, pediu mudanças na alimentação dos atletas, nos uniformes, enfim, opinou em todas as partes possíveis, usando o que havia aprendido com Rubens Minelli e principalmente com Telê Santana para tentar ajudar o Shennua a crescer.
Chegou ao time chinês já mexendo na "estrutura" toda do futebol profissional, que se hoje não tem tantos problemas como em outros tempos, na época era completamente ultrapassada. Muricy tratou de deixar de lado os treinamentos de subida e descida de arquibancada, pediu mudanças na alimentação dos atletas, nos uniformes, enfim, opinou em todas as partes possíveis, usando o que havia aprendido com Rubens Minelli e principalmente com Telê Santana para tentar ajudar o Shennua a crescer.
Seu trabalho extracampo rendeu frutos dentro das quatro linhas e o time do Shangai passou a ir bem, principalmente na Copa da China. Nela, o time foi avançando até chegar a decisão e bater o Liaoning por 2 a 1 na decisão, fazendo com que Muricy conquistasse o segundo título de sua carreira, a Copa da China, que era uma conquista inédita para o time da cidade de Shangai. Foi imensamente festejado pelos torcedores.
Na época, não foi por falta de pedidos do clube que ele não ficou. Apesar de todo o crédito que possuía, a distância e a saudade da família acabaram sendo fatores decisivos para que deixasse o futebol chinês, voltando ao Brasil em 1999. Curiosamente, sequer se aventurou fora do país a partir dos anos 2000, fazendo história a partir de então, afinal, ano sim, ano não, o Muricy era campeão.
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