Por André Louro
Foto: reprodução
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Flamengo foi eliminado pelo placar de 3 a 0
Em primeiro lugar, não torço contra meu time.
O fato do técnico do Flamengo ser bolsonarista ou não, ou o fato da diretoria ser aliada deste desgoverno ou ainda, da equipe ser patrocinada pela Havan, não pode e não irá me fazer torcer contra. Torcer para o Flamengo é uma espécie de religião mesmo que nem sempre ou quase sempre eu não goste dos membros da diretoria, discorde de suas ações e até não goste do treinador.
Antes de ser questionado sobre minha torcida e as posições políticas do Flamengo, ou melhor, daqueles a quem compete gerir o Clube, devo registrar que me considero um lutador social que defende e quem pretende morrer defendendo o direito dos trabalhadores contra empregadores que sonegam seus direitos, ou defendendo à igualdade, à liberdade, o Estado Democrático de Direito e farei tudo o que estiver a meu alcance para que essa onda de ódio e desesperança que dominou o Brasil a partir de Brasília com a eleição do capitão Bolsonaro, termine o mais rápido possível, seja apoiando o impeachment, seja elegendo outro presidente que o derrote nas eleições de 2022, de preferência que defenda os mesmos ideais que acredito.
Dito isso, não há hipótese de torcer contra o Flamengo pelo fato do presidente do clube gostar do outro presidente da República ou do técnico gostar do mesmo presidente da República ou por fazerem pressão para a volta do público quando ainda vivemos uma pandemia e eu discorde dessa volta.
Em relação ao Gabigol, ele é o símbolo de uma geração vitoriosa. É um grande artilheiro. Não sei se ficará para a história do clube na condição de ídolo como outros que passaram pelo Flamengo antes dele, a exemplo de Zico, Adílio, Júnior, Leandro, Pet, Mozer, Juan, Adriano, Leônidas, Sávio, Gaúcho e tantos outros, mas torcedor nenhum há de esquecer dos feitos do Gabriel pelo Fla, até porque, mesmo quando não faz gol, abre espaço, dá passes para os companheiros marcarem e dá a vida em campo em busca das vitórias do Flamengo.
O sujeito que arremessou o copo em sua direção pelo resultado de ontem não pode ser considerado rubro negro. Caso tivesse se manifestado contra o Gabriel no episódio em que fora flagrado em balada clandestina no auge da pandemia, eu entenderia e, dependendo da forma de manifestação, apoiaria porque eu mesmo fiquei decepcionado com o cidadão Gabriel e repudio sua atitude canalha de não pensar no sofrimento das vítimas, na saúde pública e na proliferação do vírus, mas agredi-lo com o arremesso de um copo, depois do jogo de ontem, não concordo.
Em relação as ações do time, dos jogadores e sobretudo de seu treinador, o que não dá pra aturar é o Renato a escalar Renê e Léo Pereira. Eles sempre entregam. Os outros jogadores sabem que terão de marcar vários gols porque eles vão entregar outros vários.
Num jogo como de ontem colocar o Diego pra ficar batendo cabeça com o Andreas, quando seria simples, sair jogando com Vitinho ou até o Michael, como fez no segundo tempo, evidencia o verdadeiro culpado pela tragédia, Renato Gaúcho.
Está evidente que o sistema defensivo do Flamengo não funciona. É uma baderna. Quando não consegue segurar o adversário no campo deles, é um deus nos acuda". Ah!, o Bruno Viana não tem a menor condição de vestir a camisa do Flamengo e não é só porque não jogou ontem que deixarei de tocar minha corneta em sua direção.
Quanto ao jogo, foi horrível.
O Furacão se defendeu com os 11 e jogou por uma bola, no caso 3 bolas de fogo que implodiram a frágil defesa rubro negra.
O Mengão Malvadão não funcionou. Foi incapaz para furar a muralha paranaense e o jogo foi bem chato de um time que queria jogar e não sabia como contra o outro que não queria jogar e acabou marcando três vezes.
Por fim, confesso que nesse aspecto da graça do jogo, não consigo avaliar afastando minha condição de torcedor. Provavelmente, os não flamenguistas tenham conseguido achar alguma graça, no entanto creio que especialmente pelo fracasso do Fla, jamais em razão da qualidade do futebol apresentado por Flamengo e Atlhetico-PR que foi um fiasco.
Apesar dos pesares, uma vez Flamengo, sempre Flamengo.
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